18 de jan 2025
Policial dispara taser em ambulante senegalês durante operação em São Paulo
Um ambulante senegalês foi atingido na cabeça por um taser em São Paulo. O incidente ocorreu durante operação policial contra comércio irregular no Brás. O imigrante passou por cirurgia para remoção do projétil após o disparo. A Secretaria da Segurança Pública investiga o caso e analisa imagens da ação. O episódio levanta críticas sobre a brutalidade policial e uso inadequado do taser.
Montagem com foto do ambulante com projétil de taser na cabeça e o momento em que ele cai após ser atingido por PM (Foto: Reprodução)
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Um ambulante senegalês foi atingido na cabeça por um tiro de taser disparado por um policial militar durante uma operação contra o comércio irregular no Brás, em São Paulo, na tarde de quinta-feira (16). O projétil, que atingiu a região próxima ao olho, levou o homem, de 31 anos, a passar por uma cirurgia na sexta-feira para remoção do objeto. Imagens do incidente mostram o momento em que o PM aponta a arma e o imigrante caindo após ser atingido.
O taser, que é um equipamento de menor potencial ofensivo, pode ser utilizado de duas formas: encostando o cano no corpo da pessoa ou disparando dardos conectados por fios que conduzem uma corrente elétrica. A Secretaria da Segurança Pública informou que a Polícia Militar está analisando as imagens e que, se houver irregularidades, serão tomadas as medidas cabíveis. As diretrizes para o uso do taser recomendam que os policiais disparem em áreas amplas do corpo, evitando regiões sensíveis.
De acordo com o Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos, o senegalês não estava vendendo mercadorias no momento do incidente e estava no Brás apenas para fazer compras. Ele reside em Guarujá, no litoral paulista. Um boletim de ocorrência foi registrado, e o ambulante responderá por lesão corporal, enquanto um haitiano será acusado de desacato. O centro denunciou a brutalidade com que os ambulantes, especialmente imigrantes, são tratados pela polícia.
A Secretaria da Segurança Pública reiterou que não tolera excessos e que a Polícia Militar aplica punições rigorosas a agentes que desrespeitam os protocolos. O uso de armas de incapacitação neuromuscular é considerado uma alternativa ao uso de armas de fogo, visando conter indivíduos que representem risco. Os policiais são treinados para utilizar esses armamentos em situações específicas, como resistência ativa ou comportamento agressivo.
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