19 de jan 2025
Aumento de contratos da Nikkey com governo de SP gera pedido de investigação do PSOL
A Nikkey Controle de Pragas, ligada ao prefeito Ricardo Nunes, recebeu R$ 5,73 milhões em contratos entre 2023 e 2024, um aumento significativo em relação aos R$ 959,4 mil de 2021 a 2022. O PSOL formalizou um pedido de investigação ao MPC SP, citando nepotismo e irregularidades devido à relação familiar entre os sócios da empresa e o prefeito. A empresa, fundada por Nunes, é administrada por seu filho e nora, levantando suspeitas sobre conflitos de interesse. O aumento nos contratos coincide com a gestão de Nunes, que assumiu a prefeitura em maio de 2021, após a morte de Bruno Covas. O governo estadual defende que as contratações seguiram todas as exigências legais e que a Nikkey apresentou o menor preço nas licitações.
Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes são aliados de primeira hora. O governador foi o principal fiador da candidatura do prefeito à reeleição (Foto: Gabriel Silva - 27.out.2024/Ato Press/Estadão Conteúdo)
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Nos últimos dois anos, a Nikkey Controle de Pragas e Serviços Técnicos, empresa ligada ao filho e à nora do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), recebeu R$ 5,73 milhões do governo estadual, um aumento significativo em relação aos R$ 959,4 mil recebidos entre 2021 e 2022. Essa elevação nos contratos coincide com a ascensão de Nunes à prefeitura em maio de 2021, quando os pagamentos anuais à empresa não ultrapassavam R$ 35 mil. A Nikkey, fundada por Nunes em 1997, é atualmente administrada por seu filho e nora.
A empresa venceu licitações importantes, como a da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que resultou em um contrato de R$ 2,75 milhões em 2022, e outra com o Metrô, no valor de R$ 3,5 milhões em 2023. O governo estadual defende que todas as contratações seguiram as exigências legais e que a Nikkey apresentou o menor preço e atendeu aos requisitos técnicos exigidos nos editais. No entanto, antes de 2021, a empresa tinha contratos muito menores, o que levanta questionamentos sobre a relação entre os sócios e o prefeito.
Em resposta às suspeitas de irregularidades, representantes do PSOL formalizaram um pedido de investigação ao Ministério Público de Contas do Estado de São Paulo (MPC-SP), citando a possibilidade de nepotismo e conflito de interesses. O documento destaca que a administração pública deve seguir princípios de legalidade e moralidade, conforme a Constituição Federal. As parlamentares solicitam que sejam apuradas possíveis irregularidades nos processos licitatórios envolvendo a Nikkey.
O prefeito Nunes, por sua vez, classificou as alegações como "irresponsáveis" e defendeu que não há impedimentos legais para a participação da empresa em licitações públicas. Ele também afirmou que não recebeu dividendos da Nikkey desde que assumiu a prefeitura. A empresa, que já prestou serviços para o governo federal, continua a ser alvo de escrutínio devido à sua relação com a administração municipal e ao aumento expressivo nos contratos com o governo estadual.
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