18 de fev 2025
MP-SP cobra explicações de Tarcísio e Nunes sobre contratos com a Nikkey após denúncia
O aumento dos contratos da Nikkey com o governo paulista saltou para R$ 5,73 milhões. O procurador geral do MP SP, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, pediu explicações. O PSOL apresentou denúncia que motivou a abertura de uma notícia de fato. A empresa é administrada por familiares do prefeito Ricardo Nunes, fundador da Nikkey. Nunes classificou as alegações de irregularidades como "irresponsáveis" e infundadas.
Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes (Foto: Bruno Santos/ Folhapress)
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O procurador-geral de Justiça do MP-SP, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, concedeu um prazo de 15 dias para que o governador Tarcísio de Freitas e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, expliquem o aumento significativo nos contratos com a Nikkey, empresa ligada à família de Nunes. A revelação, feita por uma reportagem do UOL, aponta que a Nikkey recebeu R$ 5,73 milhões entre 2023 e 2024, um valor quase seis vezes maior que os R$ 959,4 mil recebidos entre 2021 e 2022.
O chefe do MP-SP solicitou informações antes de decidir sobre a abertura de um inquérito para investigar os contratos. Ele determinou a abertura de uma notícia de fato, um procedimento preliminar que visa avaliar se há fundamentos para uma investigação mais profunda. Essa ação foi desencadeada por uma notícia-crime apresentada pelo PSOL, que cita a reportagem do UOL e é assinada por três parlamentares do partido.
A Nikkey, que tem familiares do prefeito como sócios, é atualmente administrada pelo filho de Nunes, Ricardo Luís Reis Nunes Filho, e pela nora, Amanda Karoline Zillig Nunes. O aumento nos contratos coincide com o início da gestão de Nunes, que assumiu o cargo em maio de 2021 e foi reeleito no ano passado. Antes de 2021, os pagamentos à empresa não ultrapassavam R$ 35 mil anuais.
Em resposta à reportagem, o governo estadual afirmou que as contratações seguiram "todas as exigências legais" e que a Nikkey apresentou o menor preço nas licitações. Nunes, por sua vez, classificou as alegações de irregularidades como "irresponsáveis" e defendeu que não havia impedimentos para a participação da empresa nas licitações públicas, além de afirmar que não recebe "nenhum dividendo atualmente" da Nikkey.
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