Política

PCC mantinha plano de saúde exclusivo para líderes com serviços médicos e estéticos

Investigação do MP SP e Polícia Civil revelou esquema de saúde do PCC. Dois advogados foram presos; cartões de memória continham listas de profissionais. Atendimento médico e estético era exclusivo para líderes da facção. ONG controlada pelo PCC gerenciava pagamentos e demandas judiciais falsas. OAB SP acompanha operação e reafirma compromisso com ética e legalidade.

Policiais cercam endereço apontado em investigação em São Paulo (Foto: Divulgação/SSP-SP)

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Uma investigação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e da Polícia Civil revelou que o PCC (Primeiro Comando da Capital) operava um esquema de saúde informal, oferecendo serviços médicos e estéticos de alto custo a líderes da facção. Os advogados da organização, integrantes do setor conhecido como "Sintonia dos Gravatas", contratavam profissionais de saúde para atender presos estratégicos, utilizando aplicativos de mensagens para gerenciar os serviços. Os pagamentos eram feitos em valores acima da média de mercado, através de depósitos fracionados e contas de terceiros, dificultando o rastreamento.

Os profissionais de saúde, embora sem vínculo direto com o PCC, prestavam serviços sem questionar a origem dos pagamentos. Lincoln Gakiya, do Gaeco, afirmou que qualquer declaração falsa emitida por médicos ou dentistas para justificar atendimentos será investigada. Para legitimar os procedimentos, advogados apresentavam laudos médicos com problemas de saúde fictícios. Um exemplo foi o pedido de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que solicitou botox alegando inflamação no nervo trigêmeo, embora o pedido tenha sido negado.

O esquema era restrito a uma "fatia privilegiada" da facção, composta por membros de alta hierarquia, geralmente presos por tráfico de drogas ou atentados. Esses líderes tinham acesso a um "atendimento VIP", que incluía procedimentos estéticos. Gakiya explicou que os presos eram selecionados pela cúpula da facção para receber essas benesses. A investigação, que começou em 2021, revelou que diversos líderes do PCC se beneficiaram dos serviços.

A operação também resultou na prisão de dois advogados em Sorocaba e Ribeirão Preto. A OAB SP acompanhou a operação e reafirmou seu compromisso com a ética, oferecendo apoio às autoridades. A ONG Pacto Social e Carcerário de São Paulo, que estava envolvida no esquema, teve seu presidente e vice-presidente presos, mas ainda não se manifestou sobre a operação.

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