Política

Anderson Torres nega irregularidades em investigação da PF sobre bloqueios da PRF nas eleições de 2022

Anderson Torres, ex ministro da Justiça, é investigado por bloqueios da PRF. Aumento de segurança visava dificultar acesso de eleitores a urnas na Bahia. Polícia Federal indiciou cinco pessoas por "ato de violência política". Ex diretora Marília Alencar confirmou ordens de Torres para interferir na votação. A ação buscava favorecer Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ex-ministro da Justiça durante o governo Bolsonaro, Anderson Torres presta depoimento à CPI do 8 de Janeiro (Foto: Sergio Lima/AFP)

Ex-ministro da Justiça durante o governo Bolsonaro, Anderson Torres presta depoimento à CPI do 8 de Janeiro (Foto: Sergio Lima/AFP)

Ouvir a notícia

Anderson Torres nega irregularidades em investigação da PF sobre bloqueios da PRF nas eleições de 2022 - Anderson Torres nega irregularidades em investigação da PF sobre bloqueios da PRF nas eleições de 2022

0:000:00

A defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro, contestou a investigação sobre os bloqueios da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o segundo turno das eleições de 2022. O advogado Eumar Novacki afirmou que o relatório da Polícia Federal (PF) não reflete a realidade e carece de provas que demonstrem que Torres tentou restringir os direitos políticos dos eleitores, especialmente na Bahia e no Nordeste. Ele destacou que não há depoimentos que comprovem interferência direta de Torres no processo eleitoral.

Entretanto, a ex-diretora de Inteligência do Ministério, Marília Alencar, revelou que Torres ordenou o aumento das equipes de segurança nas ruas após o primeiro turno, com foco na Bahia, onde Lula (PT) tinha forte apoio. Alencar admitiu à PF que Torres buscou alterar o planejamento da PF, alegando que as forças policiais deveriam estar mais presentes nas ruas, especialmente em áreas com alta concentração de eleitores. Essa ação foi interpretada como uma tentativa de dificultar o acesso às urnas.

A investigação da PF concluiu que a distribuição ostensiva de policiais, especialmente nas proximidades das seções eleitorais, configurou um “ato de violência política” ordenado por Torres. O relatório, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), indicou que o ex-ministro utilizou recursos do Ministério da Justiça e da PRF para criar obstáculos aos eleitores, visando alterar o resultado das eleições em favor de Jair Bolsonaro.

Além disso, a PF indiciou cinco pessoas, incluindo quatro ex-membros da PRF, por envolvimento nos bloqueios. Um dos indiciados, Adiel Pereira Alcântara, relatou à PF que questionou as ordens recebidas e foi informado de que as determinações vinham do então diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques. A defesa de Torres ainda não se manifestou sobre as novas informações reveladas na investigação.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela