24 de jan 2025
Governo brasileiro pede explicações aos EUA sobre tratamento degradante a deportados
O governo brasileiro criticou o tratamento degradante de deportados dos EUA, que chegaram algemados. O vice presidente Geraldo Alckmin garantiu apoio aos deportados e defendeu regras globais de imigração. O Itamaraty pedirá explicações ao governo dos EUA sobre as condições da deportação. Brasileiros relataram agressões e problemas técnicos durante o voo, incluindo falta de ar condicionado. A Força Aérea Brasileira (FAB) transportou os deportados de Manaus para Belo Horizonte após a situação.
(Foto: Cadu Gomes/VPR)
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O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, anunciou que o governo brasileiro oferecerá total apoio aos brasileiros deportados dos Estados Unidos. Um voo com 88 deportados chegou ao Brasil na noite de 24 de janeiro. Alckmin destacou a necessidade de estabelecer regras globais para a migração, ressaltando que a questão é mundial e que os migrantes contribuem significativamente com suas capacidades empreendedoras. A administração de Donald Trump iniciou operações de deportação em massa, uma promessa de campanha que se intensificou com seu novo mandato.
O voo, que deveria pousar em Belo Horizonte, fez uma parada em Manaus devido a problemas técnicos. Os deportados relataram ter sido algemados e enfrentaram condições precárias durante a viagem, incluindo falta de ar e alimentação. A Polícia Federal (PF) interveio ao chegar em Manaus, determinando a retirada das algemas e oferecendo suporte aos deportados, que foram acomodados e receberam alimentação no aeroporto.
O governo brasileiro criticou o tratamento dispensado pelos EUA, considerando-o um desrespeito aos direitos fundamentais. O Ministério das Relações Exteriores informou que pedirá explicações ao governo americano sobre o uso de algemas e as condições de transporte. O Itamaraty reafirmou que o retorno dos deportados se baseia em um acordo de 2017, que visa garantir um tratamento digno e humano aos repatriados.
A situação gerou reações políticas no Brasil, com parlamentares e ministros expressando preocupação com as violações de direitos humanos. A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, classificou os relatos de agressões e maus-tratos como muito graves, destacando a presença de famílias e crianças entre os deportados. A pressão sobre o governo dos EUA para respeitar os direitos dos deportados deve continuar, à medida que o Brasil busca garantir a dignidade de seus cidadãos.
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