Política

Ex-diretora do MJ alerta sobre policiamento em cidades que votaram em Lula no 1º turno

Marília Alencar é investigada por ações que dificultaram o voto em 2022. Mensagens revelam preocupação com policiamento em cidades favoráveis a Lula. Discussões sobre reforço policial em Belford Roxo e Bahia foram registradas. A PF indiciou Marília e outros por planejar ações contra eleitores nordestinos. Relatórios visavam impactar o segundo turno, dificultando o acesso ao voto.

Mapa com concentração de eleitores de Lula foi utilizada em reunião sobre blitze da PRF (Foto: Reprodução/PF)

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Marília Alencar, ex-diretora de Inteligência da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública durante o governo de Jair Bolsonaro, expressou preocupação em mensagens obtidas pela Polícia Federal (PF) sobre o policiamento em cidades onde Luiz Inácio Lula da Silva teve maior votação no primeiro turno das eleições de 2022. As conversas estão no inquérito que indiciou Marília, o ex-ministro Anderson Torres e outros delegados da PF, suspeitos de planejar ações para "dificultar, com emprego de violência física e psicológica, o exercício de direitos políticos de pessoas nordestinas".

A investigação foi motivada por blitzes em rodovias do Nordeste, que dificultaram o trânsito de eleitores no segundo turno. Em um grupo de Whatsapp chamado “OFF”, Marília discutiu a distribuição de efetivo policial após o primeiro turno. Em uma mensagem, ela mencionou a necessidade de reforço da PF em Belford Roxo, no Rio de Janeiro, devido ao apoio do prefeito Waguinho a Lula, referindo-se ao petista como “vermelho”.

Além disso, Marília expressou preocupação com cidades onde Lula teve mais votos, como Pelotas (RS), onde ele obteve 52%. As mensagens revelam que os integrantes do grupo discutiam a elaboração de relatórios sobre o efetivo policial em estados favoráveis a Lula, com o objetivo de dificultar a votação no segundo turno. Em depoimento, Marília afirmou que Torres pediu dados sobre a distribuição do efetivo na Bahia, onde Lula teve 72% dos votos, enquanto Torres negou ter solicitado mudanças na distribuição policial. As defesas de ambos não se pronunciaram sobre o caso.

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