Política

Empresa ignora proibição e continua a pagar por registro de íris no Brasil

A World oferece R$ 600 em criptomoedas por registro de íris em São Paulo. ANPD suspendeu pagamentos, alegando que isso influencia o consentimento. Apesar da ordem, a World continua prometendo pagamentos sem informar usuários. A ANPD pode aplicar sanções, como multas e bloqueio de dados, à empresa. World afirma estar em conformidade e busca resolver a situação com a ANPD.

Ponto de atendimento da World na Vila Mascote, Zona Sul de São Paulo (Foto: Darlan Helder/g1)

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A empresa World, que oferece compensação financeira em troca do registro da íris humana, continua a prometer pagamentos em criptomoedas, desafiando uma ordem da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). A ANPD havia determinado a suspensão dos pagamentos, alegando que a compensação poderia influenciar o consentimento dos usuários para a coleta de dados. Em São Paulo, onde o serviço opera, os usuários podem receber cerca de R$ 600 em criptomoedas.

No último sábado, a ANPD notificou a World sobre a necessidade de interromper os pagamentos. Apesar disso, em visitas a três pontos de atendimento da empresa, foi constatado que o serviço continua a oferecer a promessa de pagamento. Uma atendente afirmou que não recebeu orientações sobre a suspensão, e usuários relataram que não foram informados sobre restrições. A ANPD pode aplicar sanções, como multas e bloqueio de dados, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

A investigação da ANPD, iniciada em novembro de 2024, concluiu que a oferta de criptomoedas pode prejudicar a obtenção do consentimento para o tratamento de dados pessoais. A autoridade destacou que essa prática pode afetar especialmente usuários em situações de vulnerabilidade. A World, por sua vez, defendeu que está em conformidade com as leis brasileiras e que informações imprecisas influenciaram a ANPD.

Após a ordem da ANPD, a World declarou estar em contato com o órgão e confiante em resolver a situação. A empresa tem um prazo de dez dias corridos para apresentar um recurso à Coordenação-Geral de Fiscalização da ANPD, buscando reverter a decisão que impacta seu modelo de negócios.

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