Política

Coleta de íris em São Paulo gera polêmica e alerta sobre riscos à privacidade

A Tools for Humanity, fundada por Sam Altman, opera no Brasil desde novembro de 2024. A ANPD suspendeu o pagamento pela coleta de íris, mas a empresa insiste em continuar. Especialistas alertam sobre riscos da comercialização de dados biométricos sensíveis. A coleta de dados biométricos pode levar a vigilância em massa e discriminação. A resistência global à coleta de dados biométricos reflete preocupações com privacidade.

Biometria (Foto: Pixabay)

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A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) suspendeu, no último sábado (25), a oferta de pagamento pela coleta de íris no Brasil, mas a empresa Tools for Humanity continua a oferecer compensação financeira para novos cadastrados. A ANPD também exigiu que a empresa identifique o encarregado pelo tratamento de dados pessoais em seu site. A Tools for Humanity, idealizada por Sam Altman, cofundador da OpenAI, iniciou suas operações no Brasil em novembro de 2024 com o projeto World, que visa criar uma World ID para comprovar a identidade única dos usuários.

O aplicativo World já foi baixado por cerca de 1 milhão de pessoas, com quase meio milhão de brasileiros realizando a leitura da íris. A empresa alega que a identificação global aumentaria a segurança digital, oferecendo cerca de R$ 600 em criptomoedas como incentivo. Entretanto, muitos participantes não compreendiam completamente o funcionamento do programa, levantando preocupações sobre a falta de informação e possíveis riscos associados à coleta de dados biométricos.

Em resposta às críticas, a Tools for Humanity afirmou estar em conformidade com as leis de proteção de dados e que continua operando legalmente enquanto um recurso à ANPD está em análise. A empresa expressou confiança em colaborar com as autoridades para garantir a segurança nas interações online. Contudo, enfrenta resistência em outros países, como Alemanha e Espanha, devido à falta de clareza sobre o uso dos dados coletados.

Especialistas em proteção de dados alertam sobre os riscos da comercialização de dados biométricos, destacando questões como consentimento viciado, segurança e vazamentos. A ANPD considera que a recompensa financeira pode induzir os titulares a cederem seus dados sem plena consciência das implicações, violando princípios da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Além disso, o uso de criptomoedas como pagamento pode dificultar o rastreamento financeiro, aumentando o potencial para práticas ilícitas. A discussão sobre a coleta de dados biométricos está se intensificando globalmente, refletindo preocupações sobre privacidade e segurança.

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