Política

Memória do Holocausto: a urgência de não relativizar o racismo científico atual

Em 27 de janeiro, celebra se o Dia Internacional em Memória das Vítimas de Holocausto, marcando 80 anos da libertação de Auschwitz Birkenau. A discussão atual sobre racismo científico e eugenia é evocada pelo novo decreto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que revoga direitos de cidadania para filhos de imigrantes. O Holocausto não foi um fenômeno isolado; suas raízes estão na história do racismo científico, que precedeu e sobreviveu ao regime nazista. Práticas eugenistas, como as esterilizações na Califórnia, foram citadas como exemplos de desumanização, refletindo ideias que Hitler admirava. A memória do Holocausto deve incluir a luta contra a relativização das atrocidades, enfatizando a importância de não repetir erros do passado.

O problema talvez não esteja na memória do passado, e sim na relativização do presente. (Foto: Getty Images via AFP)

O problema talvez não esteja na memória do passado, e sim na relativização do presente. (Foto: Getty Images via AFP)

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Em 27 de janeiro, o mundo comemora o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, marcando os 80 anos da libertação de prisioneiros do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau. A data enfatiza o lema "nunca esquecer", essencial para prevenir a repetição de atrocidades. Contudo, a reflexão deve ir além da memória histórica, abordando a relativização do presente e a persistência de ideais racistas.

O racismo científico que culminou no Holocausto não surgiu apenas com o regime nazista, mas já existia antes e sobreviveu após sua queda. Hitler, em seu livro Mein Kampf, mencionou a Califórnia como exemplo de controle populacional, onde cerca de 20 mil pessoas foram esterilizadas entre 1909 e 1979, visando eliminar indivíduos considerados "indesejados". Esse contexto histórico revela que a eugenia não é um fenômeno do passado.

Casos recentes, como o escândalo de 2020 em um centro de detenção de imigrantes na Geórgia, evidenciam a continuidade de práticas desumanizadoras. Denúncias de esterilizações forçadas sem consentimento relembram a utilização da ciência para justificar a opressão. O nazismo, segundo Rudolf Hess, era visto como "biologia aplicada", refletindo a desumanização sistemática de grupos.

A atual política de imigração dos Estados Unidos, especialmente sob a administração de Donald Trump, que busca revogar o direito de cidadania por nascimento, ecoa as ideias de Hitler sobre "limpeza" da cidadania. Essa desumanização de imigrantes e a negação de direitos básicos são reminiscências de práticas eugênicas, reforçando a necessidade de ampliar o lema "nunca esquecer" para "nunca relativizar".

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