29 de jan 2025
Casal é condenado por abusos sexuais e exploração da própria filha na França
Justiça francesa condenou pai a 17 anos e mãe a 12 anos por estupro da filha. Abusos ocorreram entre 2017 e 2022; vítima agora tem 18 anos e deseja ser policial. Caso reaviva lembranças do julgamento de Gisèle Pelicot, vítima de abuso coletivo. Pai usava site para divulgar fotos da filha e marcar encontros com estupradores. Fundador da plataforma foi indiciado por facilitar crimes; justiça francesa atua.
A vítima, agora com 18 anos, não quis que o julgamento fosse fechado (Foto: Pixabay)
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Um tribunal francês condenou na sexta-feira (24) um homem a 17 anos e uma mulher a 12 anos de prisão por estuprar e oferecer a filha, que tinha apenas 10 anos na época, a estupradores recrutados pela internet. O caso, que ocorreu entre 2017 e 2022, foi julgado no tribunal criminal de Côtes-d'Armor, na Bretanha, e gerou grande revolta na França. A vítima, agora com 18 anos, relatou que os abusos começaram quando estava no CM2, equivalente ao ensino fundamental.
Durante o julgamento, a jovem revelou que, em algumas ocasiões, a mãe também participava dos abusos. Além dos pais, um homem próximo à família foi condenado a 10 anos de prisão por ter abusado da menina pelo menos 50 vezes. O pai da vítima admitiu que gostava de assistir aos abusos e usava um site para divulgar fotos nuas da filha, marcando encontros com os agressores em locais como praias de nudismo e estações de trem desativadas.
O site utilizado pelo pai foi fechado pela justiça francesa, e seu fundador, Isaac Steidl, foi indiciado por facilitar a prática de crimes. O caso remete ao famoso julgamento de estupros de Mazan, onde diversas pessoas foram condenadas por crimes semelhantes. A vítima, que se emocionou ao ouvir a sentença, expressou o desejo de se tornar policial no futuro e optou por não ter o julgamento fechado, seguindo o exemplo de Gisèle Pelicot, que também foi vítima de abuso.
As condenações refletem a crescente preocupação com a violência sexual na França, onde a legislação busca proteger as vítimas e punir severamente os agressores. A sociedade civil é incentivada a denunciar casos de violência, com números disponíveis para apoio e orientação, como o 190 e o 180, que atendem denúncias de violência doméstica e direitos humanos.
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