30 de jan 2025
Cúpula da PM de Brasília no banco dos réus por omissão durante ataque de 8 de janeiro
A cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) será julgada pelo STF por omissão durante o levante de 8 de janeiro de 2023, onde apoiadores de Jair Bolsonaro invadiram as sedes dos Três Poderes. Acusações revelam que membros da PMDF mantinham laços com Bolsonaro, facilitando a insurreição e escondendo documentos que comprovam a cumplicidade. A Procuradoria Geral da República pede condenação por tentativa de golpe, com penas que podem somar até 23 anos para os réus, incluindo coronéis e oficiais da PM. Mensagens de celular entre os acusados mostram alinhamento ideológico com os golpistas, evidenciando a intenção de desestabilizar a democracia. A situação expõe uma rede de conexões políticas entre a PMDF e o bolsonarismo, revelando um sistema apodrecido que compromete a segurança pública e a democracia.
Foto: Reprodução
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Jair Bolsonaro não será o único a enfrentar a Justiça em 2025 devido à tentativa de golpe que culminou na invasão de Brasília em 8 de janeiro de 2023. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) está sob investigação, com sua cúpula sendo julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta omissão e conivência durante os eventos. A acusação aponta que a PM, influenciada pelo bolsonarismo, facilitou a ação dos manifestantes que depredaram a sede dos Três Poderes. O relator da ação, Alexandre de Moraes, estabeleceu prazos para a apresentação de alegações finais, enquanto a Procuradoria-Geral da República pede a condenação dos réus por crimes como tentativa de golpe e dano ao patrimônio cultural.
Cinco coronéis e dois oficiais da PM são réus na Ação Penal 2.417, com a Procuradoria destacando que a cúpula estava ideologicamente alinhada com os golpistas. Mensagens trocadas entre os acusados revelam um planejamento que previa a possibilidade de intervenção militar, com referências ao artigo 142 da Constituição, que trata do papel das Forças Armadas. Apesar de alertas sobre possíveis invasões, a PM não se preparou adequadamente para conter os manifestantes, e a atuação foi marcada por falta de efetivo e inexperiência.
Além disso, a cúpula da PM é acusada de tentar encobrir sua responsabilidade, com documentos relevantes sendo omitidos em investigações. O relatório de um major da PM expõe a falta de preparo da corporação e a tentativa de proteger alguns membros após os eventos de janeiro. A relação entre os acusados e figuras políticas do bolsonarismo é evidente, com conexões que vão desde o governo local até o próprio ex-presidente, indicando um esquema de compadrio que permeia a estrutura da PM.
As revelações sobre o envolvimento de Bolsonaro e sua família em planos golpistas também emergiram, com delações apontando que figuras próximas ao ex-presidente instigavam ações para reverter o resultado eleitoral. O ex-chefe dos ajudantes de ordem de Bolsonaro, Mauro Cid, detalhou em sua delação que havia divisões entre os apoiadores de Bolsonaro, com alguns defendendo ações radicais e outros sugerindo uma postura mais moderada. A situação revela um cenário complexo de conivência e articulação política que poderá ter consequências significativas para os envolvidos.
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