04 de fev 2025
Polícia Civil de SP desmantela esquema de corrupção que movimentou R$ 123 milhões
O investigador Cléber Rodrigues Gimenez, da Polícia Civil de São Paulo, foi preso por liderar um esquema de corrupção que desviou R$ 81 milhões em drogas. Ele utilizava falsos documentos e informantes para desviar cargas de cocaína, abordando caminhões assim que entravam em São Paulo. Quatro pessoas, incluindo seus subordinados, também foram detidas, ampliando as investigações sobre a corrupção na corporação. Além do desvio, Gimenez e outros policiais são investigados por adulteração de drogas, que rendeu R$ 50 milhões. A empresa de Gimenez, 1000 Graus, movimentou R$ 81 milhões sem ter funcionários, levantando suspeitas sobre sua operação.
Parte do dinheiro apreendido na casa de um dos suspeitos de participação no esquema (Foto: Reprodução/Polícia Civil de São Paulo)
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O investigador Cléber Rodrigues Gimenez, de 47 anos, da Polícia Civil de São Paulo, foi preso no dia 23 de janeiro sob suspeita de lavagem de dinheiro. Ele é acusado de liderar o maior esquema de corrupção da história da corporação, com investigações da Corregedoria revelando que ele arrecadou R$ 81 milhões através do desvio de drogas apreendidas em operações fraudulentas. O esquema envolvia informações sobre grandes carregamentos de cocaína destinados a São Paulo, com a participação de informantes no Centro-Oeste.
Gimenez e seus comparsas abordavam caminhões assim que entravam no estado, apresentando documentos falsos sobre investigações. As cargas eram escoltadas até um imóvel no bairro Bom Retiro, sob a jurisdição da 1ª Delegacia Seccional, onde Gimenez era chefe dos investigadores. As drogas eram então vendidas a outros criminosos. A Corregedoria também identificou que uma das empresas de Gimenez, a 1000 Graus, movimentou R$ 81 milhões em cinco anos, mesmo sem ter funcionários.
Além de Gimenez, quatro outros indivíduos foram presos, incluindo os investigadores Gustavo Cardoso de Souza e Thiago Gonçalves de Oliveira, além do construtor Maxwell Pereira da Silva e Matheus Cauê Mendes Parro. A investigação revelou que os policiais também estavam envolvidos em um segundo esquema, onde substituíam cocaína pura apreendida por uma substância adulterada, que seria vendida a um narcotraficante colombiano, rendendo pelo menos R$ 50 milhões.
O portal não conseguiu contato com os advogados dos cinco detidos, mas o espaço permanece aberto para manifestações. O texto será atualizado caso haja posicionamento dos defensores dos investigados.
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