06 de fev 2025
Médica Ligia Bahia é processada pelo CFM após críticas à atuação da entidade na pandemia
Ligia Bahia é processada pelo CFM por críticas à sua atuação na pandemia. A entidade exige R$ 100 mil e retratação pública após declarações no YouTube. Bahia é médica da UFRJ e crítica da defesa da cloroquina e vacinação pelo CFM. Apoio a Bahia vem de entidades como SBPC e ABC, defendendo liberdade de expressão. Críticas anteriores de Bahia incluem a má formação de médicos e políticas de saúde.
Ligia Bahia é alvo de ação do CFM: SBPC e Academia Brasileira de Ciência apoiam professora (Foto: Monica Imbuzeiro)
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A médica Ligia Bahia enfrenta uma ação judicial por parte do Conselho Federal de Medicina (CFM), que busca reparação de danos morais no valor de R$ 100 mil, além de uma retratação pública e a remoção de comentários feitos em seu canal no YouTube. As críticas de Bahia à conduta do CFM durante a pandemia de Covid-19, especialmente em relação à vacinação e ao uso de cloroquina, motivaram a ação.
Ligia Bahia, formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutora em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é conhecida por sua postura crítica em relação à atuação dos planos de saúde. Em suas declarações, ela lamentou a posição do CFM contra a legalização do aborto em casos de estupro e criticou a liderança do conselho, alertando sobre a influência de "lideranças bolsonaristas" nas decisões da entidade.
Durante a pandemia, Bahia defendeu o isolamento social e a testagem em massa como estratégias essenciais de saúde pública, em contraste com a abordagem minimizada do governo federal. Em um artigo publicado no GLOBO, ela expressou preocupações sobre a proliferação de escolas médicas privadas e a qualidade do ensino, além de criticar a recusa do CFM em adotar melhores evidências científicas.
Após a divulgação da ação judicial, diversas entidades médicas e científicas manifestaram apoio a Ligia Bahia. Em nota, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) afirmaram que suas declarações refletem consensos científicos amplamente reconhecidos, defendendo a liberdade de expressão e a ciência como pilares fundamentais da sociedade democrática. Outras instituições, como a Universidade de São Paulo (USP) e a Fiocruz, também se posicionaram a favor da médica.
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