Política

Governo federal propõe plano de segurança com foco em custos e ações integradas

O governo federal hesitou em agir contra a violência, temendo desgaste político. A PEC da Segurança foi proposta, mas governadores rejeitaram o controle federal. Um núcleo contra o crime organizado foi criado para integrar ações federais e estaduais. O plano inclui recuperar as UPPs e um projeto piloto no Nordeste para revitalizar economias. A eficácia do plano é crucial, evitando erros do passado e respeitando recursos disponíveis.

O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)

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O governo federal, tradicionalmente distante do combate à violência, começa a tomar medidas em resposta ao aumento da preocupação da população com a segurança, que lidera a lista de preocupações na última pesquisa da Quaest. A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi impactada por essa questão, levando o Ministério da Justiça a propor a PEC da Segurança, que visa facilitar o combate ao crime organizado. No entanto, a proposta foi rejeitada pelos governadores, que defendem o controle sobre as polícias.

Em resposta, foi decidido criar um núcleo contra o crime organizado, coordenado pelo secretário Nacional de Segurança, Mário Sarrubbo. Este núcleo tem como objetivo integrar as ações dos governos federal e estaduais, considerando o poder crescente das organizações criminosas. O plano inclui a definição de operações anuais contra essas organizações, utilizando informações sobre sua atuação e estrutura. As operações de prisão serão realizadas pelas polícias estaduais, sem interferência federal, exceto em operações integradas com as Forças Nacionais.

Outro foco do governo é a recuperação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que foram criadas em 2008 no Rio de Janeiro. Embora a iniciativa tenha sido inicialmente bem-sucedida, as UPPs fracassaram devido à expansão desmedida e à falta de infraestrutura. O novo plano do Ministério da Justiça propõe um projeto-piloto em uma cidade do Nordeste, visando transformar a economia local, atualmente dominada pelo crime, por meio de programas sociais e financiamento para negócios.

Sarrubbo expressou seu desejo de expandir o projeto para o Rio de Janeiro, ressaltando a urgência de resultados diante da violência alarmante no Brasil. No entanto, ele enfatizou a importância de não repetir os erros do passado, mantendo uma visão realista sobre os recursos disponíveis e o esforço necessário para conter o crime.

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