Política

Prefeito de São Paulo rompe contrato e gera incertezas sobre túneis na Sena Madureira

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, rompeu contrato com a Áyla Construtora após recomendação do Ministério Público. O MP investiga irregularidades nas obras dos túneis na Rua Sena Madureira, paralisadas desde setembro de 2024. A nova licitação será anunciada em breve, mas prazos ainda não foram definidos. A obra enfrenta críticas por descumprimento de normas socioambientais e remoção de famílias. Projeto antigo, retomado por Nunes, foi embargado durante a Lava Jato e envolve questões de interesse social.

"Obra próxima às favelas Sousa Ramos e Coronel Luis Alves (Foto: Pedro Vilas Boas/UOL)"

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Após a declaração do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sobre o rompimento do contrato para a construção de dois túneis na Rua Sena Madureira, surgem incertezas sobre o futuro das obras na Vila Mariana. A decisão foi tomada em resposta a uma recomendação do Ministério Público, que investiga irregularidades nas licitações. O promotor Silvio Marques afirmou que a licitação está "contaminada por crimes" e não pode prosseguir. A gestão municipal tem dez dias para formalizar a rescisão.

Nunes anunciou que buscará adequar as obras em diálogo com o MP, evitando disputas judiciais. Ele ressaltou a necessidade de uma nova licitação, afirmando que "não está para perder tempo" e que o processo será reiniciado do zero. O contrato com a Álya Construtora S.A., antiga Queiroz Galvão, é alvo de investigações por fraude e descumprimento de normas socioambientais, incluindo a derrubada de árvores centenárias e a remoção de cerca de 200 famílias.

As obras, que começaram em setembro de 2024 com um custo estimado de R$ 531 milhões, já enfrentaram paralisações devido a determinações judiciais. O projeto, que visa beneficiar "mais de 800 mil pessoas" na região, foi retomado por Nunes após embargos durante a Lava Jato. A área é considerada de interesse social e ambiental, e a construção dos túneis implicaria na remoção de moradores de comunidades locais.

Moradores da comunidade Sousa Ramos relataram que não foram informados sobre a retomada das obras e que a prefeitura ofereceu indenizações consideradas insuficientes. A situação é complexa, pois muitos residentes buscam regularização fundiária e têm direito à usucapião. A prefeitura não respondeu a questionamentos sobre o assunto, e a situação permanece indefinida enquanto novas decisões são aguardadas.

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