13 de fev 2025
Caos nas ruas do Rio: operação para capturar Peixão termina em tiroteio e pânico
A operação policial para capturar Peixão causou pânico na Avenida Brasil e Linha Vermelha. Quatro feridos foram registrados, incluindo dois baleados e dois por estilhaços. Peixão, chefe do Terceiro Comando Puro, permanece foragido após a ação. A operação visava impedir invasão do TCP ao Quitungo, dominado pelo Comando Vermelho. O secretário de Segurança afirmou que a ação evitou um possível "banho de sangue".
Carro incendiado pelo tráfico fecha a pista lateral da Avenida Brasil, na altura da Cidade Alta: bandidos também espalharam bloqueios pela favela para impedir avanço das forças policiais (Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo)
Ouvir a notícia:
Caos nas ruas do Rio: operação para capturar Peixão termina em tiroteio e pânico
Ouvir a notícia
Caos nas ruas do Rio: operação para capturar Peixão termina em tiroteio e pânico - Caos nas ruas do Rio: operação para capturar Peixão termina em tiroteio e pânico
Uma operação policial para capturar Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, resultou em um cenário caótico na Zona Norte do Rio de Janeiro, especificamente na Avenida Brasil e na Linha Vermelha. O traficante, que controla o Complexo de Israel, conseguiu escapar, enquanto confrontos entre policiais e criminosos deixaram quatro feridos e causaram a interdição de importantes vias expressas. Barricadas de pneus e veículos incendiados foram utilizados pelos bandidos para dificultar a ação policial, e um helicóptero da Polícia Militar precisou realizar um pouso de emergência após ser atingido por tiros.
Durante a operação, motoristas e passageiros se refugiaram no asfalto, enquanto um ônibus foi alvejado na Linha Vermelha, ferindo dois passageiros. As autoridades interromperam a circulação de trens e alteraram itinerários de 17 linhas de ônibus para garantir a segurança da população. O clima de tensão se estendeu até o início da noite, quando um ônibus foi sequestrado e atravessado na pista, complicando ainda mais o retorno dos trabalhadores para casa. A operação visava impedir uma invasão do Terceiro Comando Puro (TCP), facção liderada por Peixão, à comunidade do Quitungo, dominada pelo Comando Vermelho.
O secretário estadual de Segurança, Victor dos Santos, justificou a ação como uma medida emergencial para evitar um "banho de sangue" na região. Peixão, que possui um extenso histórico criminal com mais de 70 anotações, é considerado um dos criminosos mais procurados do estado e nunca foi preso. A operação foi marcada por um intenso tiroteio, que impediu a entrada das forças policiais na favela e evidenciou o poder bélico do TCP, que utiliza armamento pesado e estratégias para dificultar a ação da polícia.
Após a operação frustrada, o governo do estado convocou uma coletiva de imprensa para explicar a ação, mas a justificativa não convenceu a população, especialmente após a fuga de Peixão. O governador Cláudio Castro e outros oficiais reiteraram que a operação tinha como objetivo evitar uma invasão ao Quitungo, mas a frustração com a fuga do traficante foi palpável. Peixão, que já foi condenado por tráfico e possui processos por homicídio e intolerância religiosa, continua a ser uma figura central no tráfico de drogas e na violência nas comunidades do Rio de Janeiro.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.