Política

Ministério Público reconhece falta de provas no caso da morte de Luiz Carlos Cancellier

O Ministério Público Federal absolveu os professores Márcio Santos e Sônia Cruz, reconhecendo a falta de provas. A absolvição foi assinada pelo procurador André Bertuol, que iniciou o caso em 2017. O caso de Luiz Carlos Cancellier simboliza abusos de poder e perseguições judiciais. A Lei Cancellier, aprovada em 2019, visa punir abusos de autoridade por agentes públicos. A mobilização na UFSC, com mais de mil acadêmicos, pressionou por mudanças na legislação.

Luiz Carlos Cancellier de Olivo era reitor da Universidade Federal da Santa Catarina (Foto: Pipo Quint / Agecom / UFSC)

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Após mais de sete anos de perseguição judicial, o Ministério Público Federal reconheceu a inocência dos professores Márcio Santos e Sônia de Souza Cruz, investigados no caso da morte do ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier de Olivo, em 2017. A absolvição, assinada pelo procurador André Bertuol, expõe a fragilidade das acusações que levaram à tragédia, destacando a necessidade de reparação da imagem da UFSC e dos profissionais injustamente perseguidos.

O caso de Cancellier simboliza o abuso do poder punitivo do Estado, que se baseou em alegações frágeis sobre crimes relacionados a bolsas de estudo e transporte na universidade. A condenação à morte simbólica do ex-reitor, que culminou em sua decisão trágica de tirar a própria vida, evidencia a gravidade da situação e a falta de justiça. Ele foi vítima de lawfare, um tipo de guerra jurídica que destrói reputações sem provas concretas.

A mobilização na UFSC, com mais de mil professores e acadêmicos, foi crucial para dar visibilidade ao caso e pressionar por mudanças. O deputado Pedro Uczai, que participou da criação da Lei Cancellier (Lei nº 13.869/2019), enfatiza a importância de responsabilizar os envolvidos na trama persecutória e investigar os abusos cometidos. A falta de provas reconhecida pelo procurador não repara os danos causados, mas impõe um dever moral ao país de evitar novas tragédias.

A reconstrução da memória de Cancellier e a reparação da imagem da UFSC devem ser prioridades. O Estado brasileiro deve não apenas reconhecer seus erros, mas também implementar mecanismos para prevenir novas perseguições políticas disfarçadas de investigações judiciais. Cancellier deve ser lembrado como um defensor da educação pública e da autonomia universitária, e não como uma vítima da injustiça.

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