Política

São Paulo enfrenta grave crise na segurança, alerta ex-ouvidor das polícias

Benedito Mariano afirmou que São Paulo enfrenta a maior crise de segurança pública desde a transição democrática. O assassinato do empresário Vinicius Grtizbach, delator do PCC, expôs corrupção nas polícias. Mauro Caseri, novo ouvidor, apresentou dados alarmantes sobre letalidade policial em 2024. Em 2024, foram registradas 750 vítimas de letalidade policial, a maioria homens negros. A crise impacta as ações do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, e a confiança nas instituições.

O ex-ouvidor Benedito Mariano (esq.) e o ouvidor recém empossado, Mauro Caseri (Foto: SSP/Divulgação)

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O ex-ouvidor das polícias de São Paulo, Benedito Mariano, afirmou que o estado enfrenta “sua maior crise desde a transição democrática” na segurança pública. Essa crise é marcada pelo aumento da letalidade policial e pelas investigações que resultaram na prisão de policiais e delegados supostamente ligados ao Primeiro Comando Capital (PCC). As investigações foram desencadeadas pelo assassinato do empresário Vinicius Grtizbach, que estava colaborando com a Justiça ao denunciar corrupção nas polícias.

Grtizbach, que foi assassinado em plena luz do dia no aeroporto de Guarulhos, estava sob investigação por lavagem de dinheiro para a facção criminosa e tinha um acordo de delação premiada. A situação impacta diretamente as ações do atual secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL-SP), conforme reportagens recentes. Mariano, que atuou como ouvidor por sete anos, destacou que é “inaceitável termos policiais envolvidos com o crime organizado”.

As declarações de Mariano ocorreram durante a posse do novo ouvidor, Mauro Caseri, advogado filiado ao Partido dos Trabalhadores. A escolha do ouvidor é feita pelo governador a partir de uma lista tríplice elaborada pelo Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana). Caseri, em seu discurso, fez referência ao filme “Ainda estou aqui”, que retrata a história de Eunice Paiva, viúva do ex-deputado Rubens Paiva, assassinado pela ditadura.

Durante o evento, a ouvidoria apresentou dados de 2024, revelando que o estado registrou 750 vítimas de letalidade policial no ano anterior, número superior aos 676 casos divulgados pelo Ministério da Justiça. A maioria das vítimas (746) eram homens negros, representando 58,67% do total.

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