15 de fev 2025
Deputado apresenta representação na PGR após declaração de Lula sobre ovos de ema
O presidente Lula afirmou ter consumido ovos de ema, gerando polêmica. O deputado Kim Kataguiri protocolou representação por crime ambiental contra Lula. Kataguiri citou a lei Nº 9.605/1998, que pune crimes contra a fauna silvestre. Emas vivem no Palácio da Alvorada desde os anos 1960, segundo a história local. Lula criticou o Ibama, gerando atritos com a ministra Marina Silva e ambientalistas.
Emas no gramado do Palácio da Alvorada, em Brasília (Foto: Ichiro Guerra/PR)
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Após a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre consumir ovos de ema durante um evento no Amapá, o deputado federal Kim Kataguiri protocolou uma representação na Procuradoria Geral da República por suposto crime ambiental. A fala de Lula, que ocorreu na quinta-feira, 13, incluía também o consumo de ovos de pata e o interesse em experimentar ovos de jabuti. Ele afirmou ter verificado a legalidade de comer ovos de ema, mencionando que possui 70 emas no Palácio da Alvorada.
Kataguiri, em vídeo nas redes sociais, criticou a afirmação de Lula e justificou sua queixa citando o artigo 29 da lei Nº 9.605, de 1998, que prevê penas para crimes contra a fauna. Ele destacou que a ema é um animal silvestre e que a venda ou exposição de seus ovos sem autorização é punível com detenção de seis meses a um ano e multa. Apesar disso, as emas habitam o Palácio da Alvorada desde os anos 1960, o que levanta questões sobre a legalidade da situação.
Além do episódio dos ovos, Kataguiri aproveitou a oportunidade para criticar Lula em relação a recentes atritos com o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama. O presidente expressou apoio a pesquisas da Petrobras na Margem Equatorial, uma área com potencial para reservas significativas de petróleo. Sua declaração de que "o Ibama é órgão do governo parecendo que é um órgão contra o governo" gerou descontentamento, especialmente entre defensores da sustentabilidade.
O deputado acusou Lula de "chantagear" o Ibama para obter licenças ambientais, enquanto admitia a possibilidade de cometer um crime ambiental. Essa situação evidencia a tensão entre as políticas ambientais do governo e as ações do presidente, que buscam equilibrar desenvolvimento econômico e preservação ambiental.
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