Política

Cade investiga Apple após queixa da Meta sobre práticas anticompetitivas e 'privacy washing'

O Cade investiga a Apple após queixas da Meta sobre práticas anticompetitivas. A Meta acusa a Apple de "privacy washing" em suas políticas de privacidade. A Apple tem até 28 de fevereiro para responder às acusações do Cade. A política de rastreamento da Apple favorece seus próprios serviços, segundo a Meta. O caso pode impactar a concorrência no mercado de anúncios digitais e serviços.

Aplicativo da App Store (Foto: Bloomberg)

Aplicativo da App Store (Foto: Bloomberg)

Ouvir a notícia

Cade investiga Apple após queixa da Meta sobre práticas anticompetitivas e 'privacy washing' - Cade investiga Apple após queixa da Meta sobre práticas anticompetitivas e 'privacy washing'

0:000:00

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) iniciou uma investigação sobre a Apple após a Meta, proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp, apresentar uma representação contra a fabricante do iPhone. O Cade considerou que as queixas da Meta, que questiona a política de Transparência de Rastreamento de Apps (ATT) da Apple, justificavam a abertura de um “procedimento preparatório de inquérito administrativo”. A ATT, implementada em 2021, exige que aplicativos de terceiros solicitem permissão dos usuários para rastrear suas atividades, mas não se aplica aos aplicativos da própria Apple.

A Apple tem até 28 de fevereiro para responder ao Cade sobre as acusações de práticas anticompetitivas. A Meta alega que a Apple pratica “privacy washing”, ou seja, adota medidas de privacidade que, na prática, restringem a concorrência e favorecem seus próprios serviços. O Cade inicialmente estabeleceu um prazo até 24 de fevereiro, mas prorrogou após um pedido da Apple, que argumentou a necessidade de mais tempo para analisar a extensa documentação do caso. Caso não cumpra o novo prazo, a Apple poderá ser multada em R$ 5 mil por dia.

A disputa gira em torno da aplicação desigual da ATT, que, segundo a Meta, prejudica desenvolvedores de aplicativos de terceiros ao exigir consentimento explícito para rastreamento, enquanto a Apple continua a utilizar dados para seus próprios serviços. A Meta argumenta que essa prática cria um ambiente competitivo desleal e força aplicativos a adotarem modelos de monetização que beneficiam a Apple, que cobra comissões sobre transações na App Store. A Apple, por sua vez, defende que a ATT oferece aos usuários a escolha sobre o rastreamento de suas atividades.

Além disso, a Meta critica a linguagem utilizada nos avisos de consentimento da ATT, que, segundo ela, induz os usuários a negarem o rastreamento. A empresa também aponta que a Apple oferece exceções para seus próprios serviços, permitindo que compartilhem dados sem o mesmo nível de consentimento exigido de concorrentes. A Apple não se manifestou publicamente sobre as acusações, mas frequentemente defende que a ATT não impede a publicidade e respeita a privacidade dos usuários. Representantes legais da Apple participaram de uma audiência pública do Cade para discutir aspectos concorrenciais de plataformas digitais.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela