22 de fev 2025
Pablo Marçal é condenado a oito anos de inelegibilidade por abuso de poder nas eleições
Pablo Marçal foi condenado a oito anos de inelegibilidade por abuso de poder. A decisão se baseou em ações do PSOL e PSB, que alegaram fraudes na campanha. Marçal usou vídeo para "vender" apoio a candidatos em troca de doações via Pix. A vice de Marçal, Antonia de Jesus, foi absolvida por não ter participação direta. Marçal articula candidatura à presidência em 2026, apesar das condenações.
O ex-coach Pablo Marçal (PRTB) durante o debate da Record no primeiro turno, em setembro (Foto: Maria Isabel Oliveira/O Globo)
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A Justiça Eleitoral de São Paulo condenou o empresário Pablo Marçal (PRTB) a oito anos de inelegibilidade por abuso de poder político e econômico, além de captação ilícita de recursos. O juiz Antonio Maria Patiño Zorz considerou que Marçal "atuou para fraudar o sistema representativo" ao disseminar informações distorcidas sobre os gastos de seus adversários durante a campanha para a prefeitura em 2024. A decisão é resultado de ações movidas pelo PSOL e PSB, que contestaram um vídeo em que Marçal oferecia apoio a candidatos em troca de doações.
No vídeo, Marçal alegou estar em uma "eleição desleal", criticando os gastos de seus concorrentes. O juiz destacou que ele distorceu as regras de financiamento público ao se apresentar como vítima do sistema eleitoral. A sentença afirma que Marçal ofereceu apoio político em troca de doações de R$ 5 mil, configurando uma fraude que viola as normas eleitorais brasileiras.
A candidata a vice na chapa de Marçal, Antonia de Jesus (PRTB), foi absolvida, pois o juiz entendeu que ela não participou diretamente das ações contestadas. A defesa de Marçal argumentou que apenas seis doações foram recebidas e posteriormente estornadas, alegando que não houve abuso de poder que desequilibrasse a eleição. O presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, expressou confiança de que a decisão será reformada.
Marçal, que obteve 1.719.274 votos na eleição, tem planos de se candidatar à presidência em 2026. Segundo pesquisa divulgada em janeiro, ele possui 11% de intenções de voto em um possível primeiro turno. A decisão ainda cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).
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