Política

Polícia Federal indicia Willian Agati, o ‘concierge do crime’ ligado ao PCC e à máfia italiana

Willian Barile Agati, indiciado pela PF, é ligado ao PCC e à máfia italiana. Acusado de movimentar R$ 2 bilhões, ele é considerado líder do tráfico internacional. Agati usava navios e jatos para transportar drogas, com rotas definidas para a Europa. Tentou resgatar traficante preso em Moçambique, com planos de corrupção e suborno. Defesa alega falta de provas, afirmando que Agati é um empresário legítimo.

Willian Barile Agati (esq.) e Edmilson de Meses, o Grilo: a dupla é acusada de operar tráfico em porto do Paraná. (Foto: Reprodução/Polícia Federal)

Willian Barile Agati (esq.) e Edmilson de Meses, o Grilo: a dupla é acusada de operar tráfico em porto do Paraná. (Foto: Reprodução/Polícia Federal)

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A Polícia Federal indiciou Willian Barile Agati, conhecido como “concierge do crime organizado”, por sua atuação junto ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e sua conexão com a máfia italiana. O indiciamento, que inclui outros 13 indivíduos, foi enviado à Justiça no dia 24 de janeiro. Agati enfrenta acusações de organização criminosa, tráfico de drogas e obstrução de Justiça. Ele está preso preventivamente desde a operação Mafiusi, iniciada em dezembro do ano passado, e é descrito como um líder no tráfico internacional de drogas.

O relatório da PF revela que Agati, também chamado de “Senna” e “Boxeador”, possui grande poder econômico e uma rede de conexões que facilitam o tráfico de cocaína em larga escala. Antes de controlar o Porto de Paranaguá, ele utilizava serviços logísticos terceirizados para exportar drogas, mas após ser roubado, montou seu próprio esquema. O documento detalha como ele desenvolveu uma rota de tráfico internacional, com o Porto de Paranaguá como ponto de saída e o Porto de Valência, na Espanha, como destino.

Além do tráfico, Agati é suspeito de ter movimentado cerca de R$ 2 bilhões entre 2018 e 2022, utilizando diversas empresas para lavagem de dinheiro. Ele tinha vínculos com Edmilson de Meneses, conhecido como Grilo, que era ligado ao PCC. Grilo faleceu em um acidente em 2022. As investigações também apontam que Agati utilizava jatos executivos para transportar drogas para a Europa, frequentemente levando jogadores de futebol em seus voos.

A PF investiga ainda uma operação de lavagem de dinheiro relacionada ao Cruzeiro, envolvendo transferências que totalizaram R$ 3 milhões. O clube afirmou que todas as transações foram registradas de forma adequada. Agati também teria colaborado na expansão das operações do PCC na África, estabelecendo laços com Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho. Mensagens revelam planos para resgatar Fuminho da prisão, incluindo tentativas de corrupção de autoridades moçambicanas. A defesa de Agati nega as acusações, alegando que o indiciamento se baseia em suposições e provas questionáveis.

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