28 de fev 2025
STF analisa denúncia e pode tornar réus deputados do PL por venda de emendas parlamentares
O STF analisa denúncias de corrupção envolvendo emendas parlamentares de três políticos do PL. O ministro Cristiano Zanin votou para aceitar a denúncia da PGR contra os acusados. Josimar Maranhãozinho, Pastor Gil e Bosco Costa podem se tornar réus por corrupção passiva. A investigação começou após denúncias do prefeito de São José do Ribamar sobre ameaças. O caso destaca a necessidade de maior transparência no uso de emendas parlamentares.
O ministro Cristiano Zanin, durante sessão do STF (Foto: Rosinei Coutinho/STF/27-02-2025)
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O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira para aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra três políticos do PL, incluindo os deputados Josimar Maranhãozinho e Pastor Gil, além do suplente Bosco Costa. Eles são acusados de corrupção passiva e organização criminosa por supostamente comercializarem emendas parlamentares. Se a maioria dos ministros da Primeira Turma confirmar a denúncia, os acusados se tornarão réus.
A denúncia alega que entre dezembro de 2019 e agosto de 2020, os políticos repassaram verbas de emendas para um município do Maranhão em troca de 25% do valor. O julgamento ocorre no plenário virtual do STF, com a análise programada até 11 de março. Para que os réus sejam formalmente acusados, é necessário o apoio de três dos cinco ministros da Turma, que inclui Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino.
A investigação foi iniciada após denúncias do prefeito de São José do Ribamar (MA), que relatou ameaças de um agiota para devolver R$ 1,6 milhão, correspondente a 25% das emendas recebidas. A Polícia Federal (PF) avançou na apuração, resultando em prisões e quebras de sigilo, e identificou o envolvimento de políticos no esquema. A PGR destacou que o grupo solicitou propina em troca da destinação de R$ 6,67 milhões em recursos públicos federais.
A PGR também encontrou evidências, como mensagens e anotações, que indicam que Maranhãozinho liderava o esquema e controlava as emendas. A investigação revelou que Bosco Costa utilizava familiares para movimentar parte dos recursos. Além disso, o grupo exigia a devolução de 25% dos valores, utilizando até ameaças com armas para garantir o cumprimento das exigências.
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