Política

Ministra Maria Elizabeth Rocha critica uso das Forças Armadas por Bolsonaro e sua credibilidade

Maria Elizabeth Rocha, nova presidente do STM, critica uso militar por Bolsonaro. Ela destaca que a falta de apoio parlamentar prejudicou a credibilidade das Forças Armadas. A ministra observa que alguns militares se beneficiaram do governo anterior. Sobre os condenados de 8 de janeiro, considera algumas penas excessivas. Rocha vê precipitada a discussão sobre anistia antes do fim dos julgamentos.

Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, ministra do Superior Tribunal Militar (Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo/16-09-2021)

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Eleita presidente do Superior Tribunal Militar (STM), a ministra Maria Elizabeth Rocha criticou a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que as Forças Armadas "foram usadas" durante seu governo. Em entrevista à CNN, a magistrada destacou que a falta de uma base parlamentar sólida levou Bolsonaro a confiar em militares para cargos de alto escalão, o que comprometeu a credibilidade da instituição. Ela afirmou que "o poder civil é que deve comandar o militar", em contraposição à visão de que os militares seriam moderadores do Estado.

Maria Elizabeth também comentou que, embora Bolsonaro tenha se beneficiado do apoio das Forças Armadas, a Marinha, o Exército e a Aeronáutica foram prejudicados, perdendo credibilidade devido à condução do governo. A ministra ressaltou que a relação entre o ex-presidente e os militares não foi benéfica para a imagem das Forças Armadas, que acabaram sendo "extremamente prejudicadas".

Sobre o julgamento dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, a ministra considerou que algumas penas foram "muito elevadas". No entanto, ela acredita que a discussão sobre anistia para os condenados é prematura, já que os julgamentos ainda não foram concluídos. O Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou 371 pessoas por sua participação nos atos antidemocráticos, sendo 225 executores dos crimes mais graves e 146 incitadores.

Maria Elizabeth Rocha tomará posse no cargo no próximo dia 12 e, ao abordar a questão da anistia, lembrou que essa decisão cabe ao Congresso Nacional e que o presidente pode indultar, mas a discussão atual parece estranha, dado que os julgamentos ainda estão em andamento.

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