Política

Corrupção em emendas parlamentares: esquema explosivo revela conexões perigosas

Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como Pacovan, tentou extorquir o prefeito Eudes Sampaio em 2020, exigindo R$ 1,6 milhão em propina. Três parlamentares, incluindo Josimar do Maranhãozinho, estão prestes a se tornar réus por corrupção passiva e organização criminosa, com julgamento no STF. A Polícia Federal intensificou investigações sobre emendas parlamentares, prevendo várias operações e um aumento no número de congressistas implicados. O magistrado Flávio Dino destacou a gravidade da corrupção, com R$ 186,3 bilhões em emendas entre 2019 e 2024, e a falta de transparência nos gastos. O esquema de corrupção envolve uma rede complexa de lobistas, empresários e políticos, prometendo desdobramentos significativos em 2025.

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Em março de 2020, o empresário Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como Pacovan, invadiu a garagem de uma residência em São José de Ribamar, Maranhão, em uma tentativa de extorquir R$ 1,6 milhão do prefeito Eudes Sampaio. A quantia representava 25% das emendas parlamentares destinadas ao município por três deputados do PL. Pacovan, que cobrava a propina em nome dos parlamentares, foi assassinado em junho de 2024, e a investigação da Polícia Federal (PF) agora foca nos deputados Josimar do Maranhãozinho, Pastor Gil e Bosco Costa, que se tornaram réus por corrupção passiva e organização criminosa.

O caso é considerado um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil, envolvendo um esquema de emendas parlamentares e o chamado orçamento secreto. O magistrado Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), destacou a gravidade da situação, afirmando que R$ 186,3 bilhões foram empenhados em emendas entre 2019 e 2024, com um terço desse valor proveniente de emendas do orçamento secreto. A PF está priorizando investigações sobre o uso indevido de verbas, com estimativas de 15 a 20 inquéritos em andamento, cada um envolvendo múltiplos congressistas.

A situação se agrava com denúncias de manipulação nas comissões temáticas da Câmara, onde o então presidente Arthur Lira teria imposto listas de emendas a serem aprovadas. O deputado Glauber Braga do PSOL, que depôs sobre o caso, acredita que a PF está determinada a desvendar a complexidade do esquema. Além disso, surgem novas investigações envolvendo outros políticos, como o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e o senador Eduardo Gomes, ambos sob suspeita de envolvimento em fraudes com emendas.

As operações da PF, que foram retomadas em janeiro de 2024, revelam um cenário de corrupção sistêmica, com a descoberta de contratos de propina e desvios de recursos públicos. O caso promete desdobramentos significativos em 2025, à medida que mais evidências surgem e novos personagens são identificados, como o lobista João Batista Magalhães, que trabalhou com Gomes. A investigação continua a expor a profundidade da corrupção no sistema político brasileiro.

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