13 de mar 2025
Ação do STF investiga deputados do PL por venda de emendas e intimidação de prefeito
O STF processa três deputados do PL por corrupção e venda de emendas. Deputados cobraram R$ 1,67 milhão em propinas do prefeito de São José de Ribamar. Agiota ligado aos deputados intimidou o prefeito com ameaças e cobranças. R$ 6,67 milhões em emendas foram liberados, com 60% vindos de um deputado sergipano. Defesas negam as acusações, mas áudios revelam intimidações e pressões.
Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Bosco Costa (PL-SE) e Pastor Gil (PL-MA) (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)
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O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu uma ação contra três deputados do PL, Josimar Maranhãozinho, Pastor Gil e Bosco Costa, por suspeitas de corrupção relacionadas à venda de emendas parlamentares. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o trio de exigir R$ 1,67 milhão em propinas do prefeito de São José de Ribamar, José Eudes Sampaio Nunes, em troca da liberação de emendas ao município. A investigação revela que o prefeito foi intimidado por um agiota ligado a Maranhãozinho, que foi assassinado em junho de 2023.
Entre dezembro de 2019 e abril de 2020, os deputados liberaram R$ 6,67 milhões em emendas para a saúde de São José de Ribamar. A denúncia aponta que os parlamentares cobraram um retorno de 25% sobre esse valor, mas o prefeito se recusou a pagar. Após meses de pressão, ele denunciou o caso à Polícia Federal em novembro de 2020, resultando na investigação atual. A maior parte das emendas foi destinada por Bosco Costa, que é de Sergipe, totalizando R$ 4,12 milhões.
O agiota, Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como Pacovan, mantinha contato frequente com os deputados e sugeria quais municípios deveriam receber mais emendas. Em áudios, Pacovan relatou suas tentativas de cobrar propina do prefeito e mencionou um lobista que também reivindicava valores. Ele expressou preocupação com a situação, afirmando que a cobrança estava "armada" e que o lobista enfrentaria consequências se insistisse.
As defesas dos deputados negam as acusações de cobrança de propina. A PGR, no entanto, apresentou evidências de intimidação e pressão sobre o prefeito, que se tornou um ponto central da investigação. Os advogados de Maranhãozinho não se pronunciaram sobre as alegações da PGR, mantendo-se em silêncio diante das acusações.
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