Eduardo Bolsonaro critica Justiça Eleitoral e busca apoio dos EUA contra 'censura'

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou o que considera uma “ditadura” no Brasil e solicitou apoio dos Estados Unidos para combater a “censura” no país. As declarações ocorreram durante uma live no X (antigo Twitter) na última quinta-feira, 6, mediada pelo influenciador australiano Mario Nawfal. Eduardo afirmou que não é possível resolver a situação pelo Congresso, alegando a falta de democracia e mencionou a USAID como parte de uma narrativa que sugere financiamento americano a um suposto regime autoritário no Brasil.

Entre 2021 e 2022, a USAID doou quase 30 milhões de dólares ao Brasil, mas não há registros de doações ligadas ao processo eleitoral. Eduardo Bolsonaro, que busca apoio para restaurar a democracia, destacou que não deseja privilégios para seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, mas sim ajuda dos EUA. O ex-presidente Trump, por sua vez, havia congelado repasses da USAID para combater abusos e fraudes.

Eduardo também viajou aos EUA durante o Carnaval, considerando a possibilidade de solicitar asilo político. Uma enquete em sua rede social indicou que 70% dos seguidores apoiam essa ideia. O deputado teme a apreensão de seu passaporte ao retornar ao Brasil, uma medida que poderia ser adotada em resposta a uma notícia-crime protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) por deputados do PT, acusando-o de atentar contra a soberania nacional.

O deputado tem se reunido com congressistas republicanos e participado de eventos da extrema-direita americana, buscando apoio para um projeto de lei que visa atacar o ministro Alexandre de Moraes. A proposta, já aprovada por um comitê da Câmara dos Representantes dos EUA, prevê a deportação de autoridades que infringirem a liberdade de expressão. O Itamaraty repudiou tentativas de constranger Moraes e reafirmou a importância da independência dos poderes no Brasil, enquanto o STF manifestou solidariedade ao ministro.