Política

Reconhecimento facial no carnaval resulta em mais de 140 prisões, mas gera preocupações sobre privacidade

Durante o carnaval, mais de 140 foragidos foram capturados com reconhecimento facial. São Paulo registrou 13 prisões, enquanto Salvador teve 42 detidos. A tecnologia ajudou a polícia a desbaratar quadrilhas, recuperando 17 celulares. Especialistas alertam sobre a falta de regulamentação e riscos à privacidade. A vigilância crescente pode gerar abusos sem regras claras de uso das imagens.

Monitoramento de câmeras de reconhecimento facial da Secretaria de Segurança da Bahia (Foto: Vitor Barreto / Ascom SSP)

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Durante os carnavais de Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco, o uso de reconhecimento facial resultou na prisão de mais de 140 foragidos e suspeitos, conforme reportado por O GLOBO. Em São Paulo, o programa Smart Sampa levou à detenção de pelo menos 13 criminosos, com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) inaugurando um totem chamado Prisômetro, que exibe o total de detidos. No Rio, a tecnologia contribuiu para 13 das 52 prisões realizadas durante o carnaval, enquanto em Salvador foram localizados 42 foragidos.

Além disso, em Belo Horizonte, 72 pessoas foram presas, e no Recife, quatro detidos. O programa de vigilância da PM fluminense já prendeu 500 suspeitos em três meses, utilizando um sistema com mais de 260 mil dispositivos digitais. As imagens ajudaram a desmantelar uma quadrilha de furto de celulares, resultando na prisão de quatro suspeitos e na recuperação de 17 aparelhos. Apesar dos benefícios, surgem preocupações sobre a privacidade e o uso das imagens.

A tecnologia de vigilância evoluiu, com câmeras inicialmente destinadas ao monitoramento de trânsito agora sendo utilizadas para identificar atividades ilícitas. Uma das maiores empresas do setor instalou mais de 10,5 mil câmeras entre Rio e São Paulo, ajudando a elucidar 8,7 mil crimes e resultando na prisão de 524 suspeitos. Contudo, houve casos de identificação errônea, levando a abordagens policiais a inocentes. A polícia agora busca imagens de empresas após registros de ocorrências, elucidadas em 50% dos casos.

O pesquisador Pablo Nunes, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, alerta para a necessidade de regulamentação no uso de imagens, enfatizando que a falta de limites pode resultar em abusos. É crucial estabelecer regras claras para proteger a privacidade dos cidadãos e impedir o uso indevido das imagens por empresas. Sem uma regulação adequada, o potencial de danos à segurança pública pode superar os benefícios trazidos pela tecnologia.

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