Política

Justiça do Rio de Janeiro afasta subsecretário por suspeita de corrupção em laudos médicos

A Justiça afastou Lúcio Flávio Correia Alves e inspetores por corrupção. Detento denunciou coerção para pagar R$ 600 mil por laudo médico. Mandados de busca revelaram possível envolvimento de advogados e funcionários. Relatório aponta organização criminosa com policiais penais na prisão. Advogados intimidaram a companheira do detento, segundo depoimentos.

Em carta, preso relata tentativa de extorsão de R$ 600 mil (Foto: Reprodução/TV Globo)

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A Justiça do Rio de Janeiro afastou o subsecretário de Tratamento Penitenciário, Lúcio Flávio Correia Alves, e outros três inspetores da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap-RJ) por suspeitas de corrupção. A decisão, da 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa, ocorreu após um preso denunciar que estava sendo coagido a pagar R$ 600 mil para obter um laudo médico que lhe concederia prisão domiciliar. O caso foi revelado em dezembro pelo RJ2.

O detento Cleiton Oliveira Meneguit relatou em cartas à Justiça que estava sendo pressionado por um grupo de funcionários da Seap. Ele precisava de um laudo para se recuperar em casa após uma cirurgia de redução de estômago. Cleiton afirmou que já vinha sendo extorquido antes do episódio e que as transferências bancárias foram enviadas à Corregedoria para comprovar os pagamentos. O relatório da Corregedoria indicou a existência de uma organização criminosa composta por policiais penais.

Além do afastamento dos suspeitos, promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) cumpriram dez mandados de busca e apreensão. O relatório também mencionou a participação de advogados, médicos e outros profissionais no esquema. Em depoimento, Cleiton afirmou que advogados foram à sua casa para intimidar sua companheira, e a visita foi registrada por câmeras de segurança.

O diretor da unidade, Thiago Franco Lopes, negou as acusações, afirmando que nunca ouviu falar de um esquema de laudos e que a investigação revelaria a verdade. A Fundação Saúde determinou o afastamento imediato dos profissionais suspeitos, enquanto os advogados mencionados não responderam aos contatos. A Seap afirmou que está cumprindo todas as determinações judiciais.

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