Política

Especialistas da ONU denunciam Israel por genocídio e violência sexual em Gaza

Relatório da ONU acusa Israel de usar violência sexual como estratégia de guerra. Israel é acusado de destruir instalações de saúde reprodutiva em Gaza sistematicamente. A comissão afirma que ações configuram atos genocidas, segundo o Estatuto de Roma. Israel rejeita as alegações, chamando as de infundadas e tendenciosas. O conflito já resultou em mais de 48 mil mortes em Gaza desde outubro de 2023.

A comissão de inquérito alega que as forças israelenses atacaram intencionalmente a clínica de fertilização in vitro al-Basma na cidade de Gaza (Foto: Reuters)

A comissão de inquérito alega que as forças israelenses atacaram intencionalmente a clínica de fertilização in vitro al-Basma na cidade de Gaza (Foto: Reuters)

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Especialistas da ONU acusaram Israel de utilizar violência sexual e de gênero como parte de uma estratégia de guerra contra os palestinos, além de realizar "atos genocidas" ao destruir sistematicamente instalações de saúde materna e reprodutiva. Um relatório da Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre o Território Palestino Ocupado documenta alegações de violações, incluindo estupro, desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza. O documento sugere que a destruição de maternidades e clínicas de fertilidade pode indicar uma estratégia para impedir nascimentos entre um grupo específico, uma definição legal de genocídio.

Israel, por sua vez, rejeitou categoricamente as alegações, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu chamando o Conselho de Direitos Humanos da ONU de um corpo "antissemita e irrelevante". Ele criticou o foco do relatório nas ações israelenses, afirmando que deveria se concentrar nos crimes de guerra cometidos pelo Hamas. A comissão, estabelecida em 2021, baseou seu relatório em depoimentos de vítimas e testemunhas, além de evidências visuais e informações de organizações de direitos das mulheres.

O relatório destaca que a violência sexual contra palestinos, incluindo agressões e desnudamento forçado, faz parte dos procedimentos operacionais padrão das Forças de Segurança de Israel. A comissão também afirma que as forças israelenses destruíram instalações de saúde reprodutiva em Gaza, resultando em mortes de mulheres e meninas devido à falta de acesso a cuidados médicos. Essa destruição é considerada um crime contra a humanidade, com a comissão alegando que Israel impôs condições de vida que visam a destruição física dos palestinos.

Além disso, o relatório menciona que cerca de 4 mil embriões e 1 mil amostras de esperma foram destruídos em um ataque à clínica de fertilidade Al-Basma, em Gaza. A análise sugere que o ataque foi intencional, embora o exército israelense tenha negado conhecimento sobre a ação. A missão de Israel na ONU classificou o relatório como uma tentativa de incriminar as Forças de Defesa de Israel, alegando que as diretrizes da IDF proíbem tais condutas e que há mecanismos para investigar incidentes de violência sexual.

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