Política

ONU denuncia Israel por 'atos genocidas' contra saúde reprodutiva em Gaza

A ONU concluiu que Israel cometeu "atos genocidas" em Gaza, atacando saúde reprodutiva. Relatório destaca destruição intencional de clínica de fertilização e bloqueio de medicamentos. Investigação aponta violência sexual sistemática contra mulheres palestinas como crime de guerra. Comissão foi criada em 2021 e é presidida por Navi Pillay, ex comissária da ONU. Israel rejeita as alegações, acusando a comissão de parcialidade e agenda política.

Amigos e parentes de reféns israelenses mantidos em cativeiro desde os ataques de 7 de outubro (Foto: Jack GUEZ / AFP)

Amigos e parentes de reféns israelenses mantidos em cativeiro desde os ataques de 7 de outubro (Foto: Jack GUEZ / AFP)

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Uma investigação das Nações Unidas revelou que Israel cometeu "atos genocidas" na Faixa de Gaza, destacando a destruição sistemática de instalações de saúde sexual e reprodutiva. A Comissão de Investigação da ONU afirma que Israel "atacou e destruiu de maneira intencional" o principal centro de fertilidade do território palestino e bloqueou a entrada de medicamentos essenciais para gravidez e cuidados neonatais. A missão diplomática israelense em Genebra refutou as alegações, chamando-as de "infundadas".

Os investigadores da ONU alegam que a destruição das capacidades reprodutivas dos palestinos em Gaza se enquadra em duas categorias da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio. Essas categorias incluem a "submissão intencional do grupo a condições de existência que acarretem sua destruição física" e a imposição de "medidas destinadas a impedir nascimentos". A comissão, presidida por Navi Pillay, ex-comissária da ONU para os Direitos Humanos, foi criada em maio de 2021 para investigar violações do direito internacional na região.

O relatório destaca que hospitais e departamentos de maternidade em Gaza foram sistematicamente destruídos, incluindo a principal clínica de fertilização in vitro, bombardeada em dezembro de 2023. A comissão conclui que a destruição foi uma medida intencional para impedir nascimentos, caracterizando-a como um ato genocida. Além disso, a investigação aborda o uso de violência sexual e de gênero pelo exército israelense, considerando mulheres e meninas civis como alvos diretos.

A comissão também registrou que mulheres e meninas morreram devido a complicações relacionadas à gravidez, exacerbadas pelas condições impostas pelas autoridades israelenses. Essas ações são vistas como "crimes contra a humanidade de extermínio". A comissão acrescentou que práticas como forçar mulheres a se despirem em público e assédio sexual fazem parte dos "procedimentos operacionais habituais" das forças israelenses em relação às palestinas.

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