27 de mar 2025
Begoña Gómez critica juiz por ignorar decisões da Audiência de Madrid em investigação sobre Air Europa
Investigação sobre Begoña Gómez é reaberta, gerando críticas da defesa e da Fiscalía, que questionam a legalidade das novas indagações.
O magistrado Juan Carlos Peinado, perto dos Juzgados de Plaza Castilla, em Madrid, no ano passado. (Foto: Andrea Comas)
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A defesa de Begoña Gómez, esposa do presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, está contestando a decisão do juiz Juan Carlos Peinado, que reabriu investigações sobre uma suposta ligação dela com o resgate da Air Europa durante a pandemia. Apesar de a Audiencia Provincial de Madrid já ter determinado duas vezes o arquivamento dessa linha de investigação por falta de evidências, Peinado decidiu continuar as indagações, o que gerou críticas da defesa e da Fiscalía.
O advogado de Gómez, Antonio Camacho, apresentou um recurso alegando que Peinado ignora as orientações da Audiencia, utilizando interpretações questionáveis das resoluções. Ele enfatiza que é "incompreensível" que, diante de duas decisões que proíbem a investigação, o juiz persista na busca por indícios que não existem. Camacho destaca que a Audiencia já havia solicitado que Peinado excluísse a relação de Gómez com a Globalia, proprietária da Air Europa, baseada em meras conjeturas.
Peinado, por sua vez, justificou sua decisão afirmando que impedir a verificação de novos fatos delituosos poderia configurar prevaricação. Ele se baseou em uma frase da Audiencia que condicionava a continuidade das investigações à apresentação de novos elementos incriminatórios. No entanto, até o momento, não foram apresentados novos indícios que sustentem a reabertura do caso.
A defesa de Begoña Gómez já havia denunciado o magistrado por prevaricação, mas o Tribunal Superior de Justiça rejeitou a queixa. Camacho argumenta que a investigação está sendo conduzida de maneira "prospectiva", buscando indícios que justifiquem a abertura de um processo, o que contraria a legislação vigente e a jurisprudência do Tribunal Supremo.
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