Pessoas protestam com cartazes que dizem em espanhol "Prisão para padres pedófilos" em frente ao escritório do Arcebispado da Bolívia em La Paz, Bolívia, na sexta-feira, 19 de maio de 2023. Milton Murillo, um padre boliviano, foi preso sob suspeita de abusar de seminaristas há uma década, logo após a divulgação do que se revelou ser o maior escândalo de pedofilia na história do país andino, envolvendo o falecido padre jesuíta. (Foto: Juan Karita/AP)

Pessoas protestam com cartazes que dizem em espanhol "Prisão para padres pedófilos" em frente ao escritório do Arcebispado da Bolívia em La Paz, Bolívia, na sexta-feira, 19 de maio de 2023. Milton Murillo, um padre boliviano, foi preso sob suspeita de abusar de seminaristas há uma década, logo após a divulgação do que se revelou ser o maior escândalo de pedofilia na história do país andino, envolvendo o falecido padre jesuíta. (Foto: Juan Karita/AP)

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Bolívia enfrenta críticas por borrador de concordato que pode proteger pederastas da Igreja - Bolívia enfrenta críticas por borrador de concordato que pode proteger pederastas da Igreja

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A Comunidad Boliviana de Sobrevivientes de Pederastia criticou um acordo entre a Santa Sé e o Estado Plurinacional de Bolívia, que visa proteger arquivos eclesiásticos, o que pode dificultar investigações sobre abusos sexuais clericais. O acordo, que deve ser assinado em breve, inclui cláusulas que garantem a inviolabilidade de documentos da Igreja, tornando inacessíveis informações que poderiam ajudar a esclarecer casos de abuso.

A associação de vítimas enviou uma carta ao governo boliviano, solicitando a renegociação do acordo com base em transparência e proteção dos direitos humanos. O texto do acordo reconhece a proteção dos arquivos da Conferência Episcopal Boliviana e outras entidades religiosas, o que, segundo os sobreviventes, criaria um obstáculo para investigações futuras sobre abusos.

Além disso, o governo boliviano, ao invés de restringir a entrada de clérigos estrangeiros com histórico de abusos, está disposto a facilitar a permanência e o trabalho de ministros e leigos na Bolívia. Isso contrasta com a posição do presidente Luis Arce, que havia solicitado ao Papa a entrega de arquivos sobre abusos clericais no país.

As vítimas também pedem mudanças nas normas sobre o segredo de confissão, sugerindo que a obrigação de denunciar abusos sexuais seja imposta a clérigos e ordens religiosas. Além disso, solicitam que todos os membros da Igreja que trabalham com crianças apresentem antecedentes criminais e passem por avaliações psicológicas antes de serem autorizados a atuar. A maioria dos casos de abuso na Bolívia ocorreu em escolas, envolvendo clérigos que atuavam como professores ou enfermeiros.

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