10 de abr 2025
STF garante que aposentados do INSS não devolverão valores da revisão da vida toda
STF garante que aposentados do INSS não devolverão valores da "revisão da vida toda", protegendo decisões anteriores à mudança de entendimento.
Plenário do Supremo Tribunal Federal em Brasília (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF)
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O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, que aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que receberam valores a mais em decorrência da "revisão da vida toda" não precisam devolver esses montantes. A decisão, anunciada em 10 de abril de 2024, afeta mais de 140 mil ações judiciais, beneficiando segurados que já haviam obtido decisões favoráveis antes da mudança de entendimento do STF sobre o tema.
A "revisão da vida toda" permitia que aposentados recalculassem seus benefícios, considerando contribuições feitas antes de julho de 1994. Embora a tese tenha sido aprovada em 2022, o STF alterou seu entendimento em 2024, restringindo a possibilidade de escolha do cálculo mais vantajoso para aposentadorias. Apesar disso, os ministros decidiram que os valores recebidos de boa-fé não devem ser devolvidos, protegendo a expectativa legítima dos segurados.
O ministro Dias Toffoli, defensor da não devolução, argumentou que a mudança de entendimento sem modulação prejudica aqueles que já haviam conquistado decisões favoráveis. A proposta de incluir explicitamente a proteção contra devolução foi aceita por outros ministros, consolidando a decisão unânime. Além disso, os segurados não poderão ser cobrados por custas processuais ou honorários advocatícios relacionados a esses valores.
O relator do caso, o ministro Kassio Nunes Marques, também destacou que o INSS não poderá reaver os valores pagos a mais até a data da nova decisão. A discussão sobre a "revisão da vida toda" ainda está em andamento no STF, com o recurso da União contra a decisão de 2022 permanecendo em análise.
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