13 de abr 2025
Bonhoeffer: legado de resistência e controvérsia no debate sobre nacionalismo cristão
Dietrich Bonhoeffer, teólogo luterano executado em 1945, é alvo de distorções por grupos nacionalistas cristãos que usam sua imagem para justificar violência política.
Walter Sanders, da coleção LIFE Picture Collection, captura uma imagem. (Foto: Shutterstock)
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Dietrich Bonhoeffer, teólogo luterano, foi executado em 8 de abril de 1945 por sua oposição ao regime nazista. Recentemente, estudiosos e familiares alertaram que sua imagem está sendo distorcida por grupos nacionalistas cristãos, que a utilizam para justificar a violência política. Essa situação gerou um intenso debate sobre a verdadeira mensagem de Bonhoeffer.
Bonhoeffer é amplamente reconhecido por suas obras, como “A Custo do Discipulado”, e sua influência se estende a figuras como Bono, do U2, e o ex-presidente Jimmy Carter. Contudo, sua figura tem sido apropriada por movimentos que distorcem seus ensinamentos, levando especialistas a afirmar que ele está sendo transformado em um “guerreiro sagrado” para o nacionalismo cristão branco. Um professor de religião descreveu essa tendência como uma “impostura cristã”.
A controvérsia ganhou força com o livro de Eric Metaxas, que se tornou um best-seller e é acusado de manipular a história de Bonhoeffer para apoiar o nacionalismo cristão. Em resposta, a família de Bonhoeffer declarou que ele nunca teria se associado a movimentos de extrema direita. Metaxas, por sua vez, refutou as acusações, afirmando que suas declarações não incentivam a violência.
A discussão sobre Bonhoeffer é especialmente relevante em um contexto de crescente violência política nos Estados Unidos, como evidenciado pela insurreição de 6 de janeiro de 2021. Especialistas temem que a apropriação de sua imagem por grupos extremistas possa legitimar ações violentas, distorcendo o legado de um homem que se opôs a um regime tirânico e pagou com a vida por sua resistência.
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