13 de abr 2025
Venezuelanos enfrentam ataques e deportações sob nova administração nos EUA
Venezuelanos nos EUA enfrentam deportações e perda de status migratório, enquanto lutam contra estigmas e buscam justiça no sistema judicial.
Cidadãos venezuelanos residentes nos Estados Unidos participam de um protesto em Times Square, Nova Iorque, em 17 de agosto de 2024. (Foto: Angel Colmenares/EFE)
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A comunidade de imigrantes venezuelanos nos Estados Unidos enfrenta desafios sem precedentes sob a administração Trump. Em menos de cem dias, o governo anulou o Status de Proteção Temporária (TPS) e eliminou a permissão humanitária, afetando mais de 467 mil pessoas. A anulação do TPS, que protegeu cerca de 350 mil venezuelanos, está atualmente bloqueada por um juiz federal na Califórnia.
A aplicação da Lei de Inimigos Estrangeiros de mil setecentos e noventa e oito resultou na deportação de duzentos e trinta e oito homens para El Salvador, muitos sem histórico criminal. A diretora do Venezuelan American Caucus, Adelys Ferro, destacou que a comunidade é alvo de ataques racistas e que a luta judicial é crucial para reverter essa injustiça. A situação se agravou com a tentativa do governo de criminalizar a diáspora venezuelana, que conta com mais de novecentos mil indivíduos nos EUA.
Dados recentes mostram que apenas 0,08% dos imigrantes venezuelanos estão ligados à organização criminosa Tren de Aragua. Em contraste, a maioria dos crimes nos EUA é cometida por imigrantes de outras nacionalidades, com os mexicanos representando 67,1% das condenações. A crescente imigração venezuelana é impulsionada pela crise política e econômica no país, que resultou em sete milhões e novecentos mil refugiados e migrantes desde dois mil e quinze.
Em 2023, a população venezuelana nos EUA cresceu para setecentos e setenta mil, com a maioria concentrada na Flórida. Apesar de terem altos níveis de educação, com quarenta e oito por cento possuindo diploma universitário, os venezuelanos enfrentam dificuldades econômicas, com rendimentos médios abaixo da média nacional. A luta pela manutenção do TPS é vital, pois setenta por cento da comunidade depende desse status para permanecer legalmente no país.
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