Barroso defende STF e rebate críticas da ‘The Economist’ sobre poder excessivo dos ministros

Barroso defende atuação do STF e rebate críticas da The Economist

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, rebateu reportagens da revista britânica The Economist que questionaram a atuação da Corte e do ministro Alexandre de Moraes. Em nota divulgada no sábado (19), Barroso afirmou que o Brasil vive uma democracia plena e que as críticas correspondem à narrativa de quem tentou o golpe de Estado.

A The Economist publicou reportagens criticando a suposta concentração de poder nas mãos de Moraes e a atuação do STF em decisões sobre redes sociais. O periódico britânico questionou a independência e a moderação da Corte.

Barroso defendeu a suspensão do X, o antigo Twitter, devido ao descumprimento de decisões judiciais, e ressaltou que a medida foi ratificada por outros juízes. Ele também mencionou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusando a revista de sugerir que o STF seria influenciado por questões políticas.

Confiança na Corte é alta, aponta pesquisa

O presidente do STF citou dados da pesquisa Datafolha que indicam que 69% da população brasileira confia no tribunal, sendo 24% muita confiança e 35% alguma confiança. Barroso argumentou que o STF agiu de forma independente para evitar o colapso das instituições, como ocorreu em outros países.

Ataques e defesa da atuação de Moraes

Barroso também defendeu o ministro Alexandre de Moraes, afirmando que ele cumpre seu papel com empenho e coragem, com o apoio do tribunal. O presidente do STF ressaltou que quase todos os ministros da Corte foram ofendidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

A resposta de Barroso enfatiza que o STF atuou para proteger a democracia brasileira diante de ameaças como a invasão das sedes dos Poderes, acampamentos em frente a quartéis e tentativas de atentado. Ele concluiu afirmando que o enfoque da The Economist é enviesado e alinhado à narrativa pró-golpe.