DOJ justifica prisão de ativista sem mandado e defesa aponta irregularidades na ação

Mahmoud Khalil, graduado pela Universidade de Columbia e ativista pro-Palestina, foi preso sem mandado por agentes do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. A prisão ocorreu em março, quando os agentes alegaram que ele representava um risco de fuga.

Recentemente, os advogados de Khalil contestaram a legalidade de sua detenção, apresentando vídeos que contradizem as alegações do governo. Os documentos do Departamento de Justiça afirmam que Khalil não apresentou um cartão de residência condicional, conhecido como green card, quando abordado por um agente de Segurança Interna. O agente, então, decidiu prendê-lo, acreditando que ele poderia fugir.

Os advogados de Khalil argumentam que ele não tentou fugir ou se recusar a cooperar durante a abordagem. A defesa também destacou que não havia nenhum mandado de prisão no momento da detenção. A situação está sendo analisada em tribunais de imigração e federal, com um caso em andamento na Louisiana e outro em Nova Jersey.

O juiz Michael Farbiarz, do tribunal federal de Nova Jersey, solicitou que ambas as partes apresentassem documentos relacionados ao caso de imigração. Khalil, que tem sido um defensor ativo dos direitos palestinos, enfrenta a possibilidade de deportação, com base em um parecer do Secretário de Estado, Marco Rubio, que afirma que suas crenças podem comprometer os interesses de política externa dos EUA.

Khalil também solicitou asilo, embora os detalhes do pedido permaneçam em sigilo. O juiz Farbiarz ainda está avaliando se tem jurisdição para decidir sobre os pedidos de liberação sob fiança e outras moções apresentadas pela defesa. A situação de Khalil continua a gerar atenção e debate sobre os direitos de expressão e a legalidade das ações do governo.