25 de abr 2025
Ministério Público processa Governo do Paraná por uso de reconhecimento facial nas escolas
Ministério Público do Paraná processa governo por uso de reconhecimento facial nas escolas, alegando violação da LGPD e direitos das crianças.
Desde 2023, as escolas estaduais do Paraná tiveram que passar a usar reconhecimento facial para controlar a frequência escolar dos alunos. (Foto: Lucas Fermin/Secretaria de Educação do Paraná)
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O Ministério Público do Paraná ajuizou uma ação contra o governo estadual, solicitando R$ 15 milhões em danos morais e a suspensão da coleta de dados biométricos nas escolas. A ação alega violação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e dos direitos das crianças.
Desde 2023, o governo de Ratinho Júnior (PSD) implementou o reconhecimento facial para controlar a frequência escolar. Professores utilizam celulares para fotografar os alunos e registrar a presença em um aplicativo. A ideia foi proposta em 2022, durante a gestão de Renato Feder, ex-secretário de Educação.
O promotor Marcos José Porto Soares argumenta que o sistema infringe direitos de proteção de dados de cerca de um milhão de estudantes. Ele destaca que as informações fornecidas na matrícula não especificam o uso de dados biométricos, violando o direito à autodeterminação informativa e o consentimento dos responsáveis.
A Secretaria de Educação do Paraná afirmou que ainda não foi notificada da ação e defendeu a agilidade proporcionada pelo sistema. A empresa Valid Soluções S.A., responsável pela tecnologia, também não recebeu notificação oficial e ressaltou que segue rigorosamente as leis vigentes.
A ação do Ministério Público pede a condenação do governo e da Valid, além da suspensão da coleta de dados. O promotor enfatiza que os riscos associados ao uso de imagens de crianças não justificam os benefícios alegados. Ele critica a falta de comprovação de que o reconhecimento facial melhora a qualidade da educação.
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