Política

Pope Francis deixa legado de esperança e paz em visita à África durante seu papado

Líderes africanos celebram o legado de compaixão e justiça social do Papa Francisco, destacando sua luta pela paz e unidade inter religiosa.

Um padre segura uma tigela de sacramento mostrando uma fotografia do Papa Francisco durante uma Missa Sagrada no Mausoléu John Garang em Juba, Sudão do Sul, em 5 de fevereiro de 2023. (Foto: AP Photo/Ben Curtis, File)

Um padre segura uma tigela de sacramento mostrando uma fotografia do Papa Francisco durante uma Missa Sagrada no Mausoléu John Garang em Juba, Sudão do Sul, em 5 de fevereiro de 2023. (Foto: AP Photo/Ben Curtis, File)

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BANGUI, República Centro-Africana — A morte do Papa Francisco trouxe à tona lembranças de sua visita à República Centro-Africana em 2015, quando ele promoveu a paz em meio a um cenário de violência inter-religiosa. Na ocasião, o pontífice percorreu um bairro de maioria muçulmana em Bangui, desafiando as divisões religiosas ao entrar em uma mesquita e pedir que as pessoas dissessem "não" ao ódio e à violência.

Líderes e fiéis de diversas partes da África relembram o legado de compaixão e justiça social deixado por Francisco. "Cristãos e muçulmanos que costumavam se encarar se reconciliaram," afirmou Ella Carine Kossingou, residente de Bangui. Mesmo não sendo católica, ela destacou a importância da presença do Papa em seu país.

Em várias nações africanas, como Quênia e Nigéria, as homenagens ao Papa se multiplicaram. Em Nairobi, um artista de grafite finalizou um retrato dele, enquanto em Lagos, fiéis assinaram um livro de condolências. Em Juba, na Sudão do Sul, o padre James Rombe recordou o momento em que Francisco beijou os pés de líderes em conflito, ressaltando a mensagem de esperança e paz que ele transmitiu.

Visitas e Legado
Durante seu papado, Francisco visitou dez países africanos, promovendo a fraternidade entre diferentes religiões e denunciando a exploração colonial. O padre Michael Nsikak Umoh, da Conferência dos Bispos Católicos da Nigéria, destacou que o Papa foi claro ao pedir que as potências mundiais parassem de explorar o continente.

Apesar de algumas discordâncias com líderes conservadores da Igreja, muitos reconheceram sua dedicação à justiça. O padre Tryvis Moyo, secretário-geral da Conferência Episcopal da África, o descreveu como um "pastor fiel" que se tornou a consciência do mundo.

Crescimento do Catolicismo na África
Atualmente, cerca de um em cada cinco católicos vive na África, com mais de 281 milhões de fiéis no continente. A historiadora Elizabeth Foster observou que a Igreja Católica passou de uma instituição predominantemente europeia para uma que agora é liderada por africanos, refletindo uma mudança significativa na dinâmica religiosa.

Dom João Carlos Nunes, arcebispo de Maputo, lembrou que Francisco sempre se posicionou ao lado dos pobres e marginalizados, ensinando a importância da acolhida e do amor. A memória do Papa Francisco continua viva entre os africanos, que reconhecem seu papel como um líder que buscou unir diferentes culturas e religiões.

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