Papa Francisco é sepultado em cerimônia marcada por homenagens e apelos por paz

O papa Francisco foi sepultado hoje na basílica Santa Maria Maggiore, em Roma, após uma missa que reuniu entre 250 mil e 400 mil pessoas. O evento, que durou cerca de duas horas, contou com a presença de autoridades de diversos países e milhares de fiéis.

A cerimônia começou pouco depois das 5h (horário de Brasília) e foi marcada por discursos que enfatizaram o compromisso do papa com a paz e a defesa dos imigrantes. O cardeal Giovanni Battista Re, que conduziu a missa, destacou que "a guerra é somente morte de pessoas, destruição de casas, de hospitais e escolas". Ele lembrou ainda a frase de Francisco sobre a necessidade de "construir pontes, não muros".

Entre os presentes estavam cerca de 50 chefes de Estado e 10 monarcas, incluindo o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Lula expressou o desejo de que o próximo papa tenha o mesmo coração e compromisso de Francisco.

A sepultura poderá ser visitada a partir de amanhã. O túmulo, localizado entre a capela Paulina e a capela Sforza, é simples, feito de mármore da Ligúria, com a inscrição "Francisco" e a reprodução de sua cruz peitoral. Este é o primeiro sepultamento de um papa fora do Vaticano desde Leão XIII, em mil novecentos e três.

O cortejo fúnebre, que durou cerca de 30 minutos, passou por pontos simbólicos de Roma, como o Coliseu. Telões foram instalados na praça de São Pedro para que os fiéis pudessem acompanhar a cerimônia. Amanhã, uma missa será celebrada na praça de São Pedro, presidida pelo cardeal Pietro Parolin, com a participação de funcionários e fiéis do Vaticano.