26 de abr 2025
Câmara dos Deputados debate proposta de anistia a golpistas e atentados à democracia
Proposta de anistia para golpistas gera polêmica na Câmara dos Deputados; especialistas alertam para inconstitucionalidade e riscos à democracia.
Manifestantes se concentram na Avenida Paulista para ato contra o Projeto de Lei da Anistia (Foto: Rafael Garcia)
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Uma proposta de anistia para os golpistas envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 está ganhando apoio na Câmara dos Deputados. A proposta, que inclui figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro e membros das Forças Armadas, é considerada inconstitucional por muitos especialistas.
Os ataques resultaram na destruição de símbolos da democracia e levantaram um intenso debate sobre a responsabilização dos envolvidos. A proposta de anistia é vista como um retrocesso, pois busca proteger aqueles que depredaram o plenário da Câmara, onde a impunidade está sendo discutida.
José Dirceu, advogado e ex-ministro, criticou a proposta, afirmando que ela visa livrar Bolsonaro e seus aliados de responder por crimes graves, como a alta traição. Ele destacou que a anistia é vedada para crimes inafiançáveis e imprescritíveis, como os cometidos por grupos armados contra o Estado.
Até o momento, dos 1.682 denunciados, 1.039 já foram condenados. A proposta de anistia ignora a gravidade dos atos cometidos e a maioria da população se opõe a essa medida. O ex-diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, e outros altos oficiais estão entre os denunciados por envolvimento no plano golpista.
A Câmara e o Senado têm a soberania para aprovar a anistia, mas o presidente pode vetá-la. O Supremo Tribunal Federal (STF) também terá a responsabilidade de julgar sua constitucionalidade. A proposta de anistia, se aprovada, pode abrir precedentes perigosos para a democracia no Brasil.
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