Política

Educafro pede R$ 50 milhões de indenização ao Shopping Higienópolis por racismo

Educafro pede R$ 50 milhões ao Shopping Pátio Higienópolis por racismo. Protestos e críticas marcam a resposta à abordagem discriminatória.

Alunos se reúnem no shopping Pátio Higienópolis para protestar contra o racismo (Foto: Matheus de Souza)

Alunos se reúnem no shopping Pátio Higienópolis para protestar contra o racismo (Foto: Matheus de Souza)

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A ONG Educafro Brasil protocolou um pedido de indenização de R$ 50 milhões contra o Shopping Pátio Higienópolis por danos morais coletivos. A ação foi motivada por uma abordagem racista ocorrida em 16 de abril, quando um segurança questionou uma jovem branca sobre dois colegas negros que a acompanhavam. Os adolescentes, que são amigos da jovem, estavam no shopping após uma aula sobre letramento racial.

Na ação civil pública, apresentada em 25 de abril no Tribunal de Justiça de São Paulo, a Educafro menciona um histórico de práticas racistas no shopping, incluindo incidentes anteriores. Em 2017, um segurança foi acusado de tratar um filho de jornalista como morador de rua, e em 2018, um pai foi orientado a fazer seu filho retirar as mãos do bolso por um segurança. A ONG destaca que o shopping não tomou medidas efetivas para coibir tais práticas.

Medidas Reivindicadas

O Frei David Santos, diretor executivo da Educafro, afirmou que o valor da indenização reflete a gravidade do caso e seu impacto na comunidade afro-brasileira. A ONG solicita que o shopping implemente medidas como:

  • Revisão dos contratos de segurança para incluir treinamentos rigorosos.
  • Inclusão de cláusulas antirracistas nos contratos com fornecedores.
  • Apoio a bolsas de estudo para jovens negros.

Após o incidente, o shopping declarou que o comportamento do segurança não representa seus valores e que o tema está sendo tratado com seriedade. Além disso, alunos do Colégio Equipe realizaram protestos no shopping, exigindo mudanças na administração e na conduta do local.

Reações e Protestos

Os manifestantes, incluindo alunos, pais e professores, criticaram o racismo estrutural e pediram ações concretas. A mãe de um dos adolescentes abordados, Larissa Cunha, expressou a dor emocional que seu filho sentiu durante o episódio, ressaltando a importância de estar com amigos no momento da abordagem.

O shopping afirmou que respeita o direito à livre expressão e que a manifestação ocorreu de forma pacífica. A Educafro aguarda um retorno do shopping sobre a ação judicial.

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