Política

Motoristas acumulam mais de 1 milhão de multas com novo sistema de pedágio no Rio

Mais de 1 milhão de multas foram aplicadas no novo sistema de pedágio da BR 101, gerando R$ 200 milhões em penalidades. A falta de informação é crítica.

Pedágio automático na rodovia Rio-Santos (Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo)

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O sistema de pedágio sem cancela, conhecido como free flow, foi implementado na BR-101, no Rio de Janeiro, em março de 2023. A proposta era aumentar a fluidez do trânsito e reduzir congestionamentos. No entanto, desde sua adoção, motoristas acumularam mais de 1 milhão de multas, totalizando R$ 200 milhões, devido à falta de informações sobre o novo sistema.

O deputado federal Hugo Leal (PSD-RJ) propôs o cancelamento das multas e alternativas de pagamento. Ele destacou que a falta de sinalização e informações claras sobre o sistema prejudicou os usuários. "É preciso sinalizar os locais dos pedágios e explicar as formas de cobrança", afirmou Leal. O deputado também mencionou que muitos motoristas não têm acesso à internet, dificultando o pagamento das tarifas.

Entre setembro de 2023 e dezembro de 2024, os motoristas enfrentaram um aumento drástico nas multas. Nos dois anos anteriores à implementação do free flow, foram registradas apenas 220 mil multas em todas as rodovias concedidas do país. Em um único ano com o novo sistema, esse número saltou para mais de 1 milhão. Leal defende que a situação é insustentável e que muitos motoristas não estão tentando evitar o pagamento de pedágios intencionalmente.

Propostas de Mudança

Leal também mencionou casos de motoristas endividados, como o de um motorista de aplicativo que acumulou 49 multas e corre o risco de perder a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Ele criticou a cobrança de pedágio em áreas onde moradores precisam atravessar a rodovia para acessar serviços básicos.

O deputado está em diálogo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres para discutir soluções. "A luta é pelo direito à mobilidade da população do Rio de Janeiro, que não foi suficientemente informada sobre esse novo pedágio", concluiu.

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