Política

Câmara cassou deputado acusado de planejar execução de Marielle Franco por faltas

Câmara cassou Chiquinho Brazão por faltas, mas manobra o livrou de perder direitos políticos. O caso revela o corporativismo no Legislativo.

O deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) na prisão durante defesa por vídeo na CCJ da Câmara (Foto: Reprodução)

O deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) na prisão durante defesa por vídeo na CCJ da Câmara (Foto: Reprodução)

Ouvir a notícia

Câmara cassou deputado acusado de planejar execução de Marielle Franco por faltas - Câmara cassou deputado acusado de planejar execução de Marielle Franco por faltas

0:000:00

A Câmara dos Deputados cassou o mandato do deputado Chiquinho Brazão na última quinta-feira, 25 de abril de 2025. A decisão ocorreu em meio a uma semana marcada pela morte do Papa, um escândalo no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a prisão do ex-presidente Fernando Collor. Brazão é acusado de planejar a execução da vereadora Marielle Franco e está preso desde março de 2024.

A cassação de Brazão foi justificada por excesso de faltas, embora ele estivesse detido. A Mesa Diretora da Câmara utilizou um artigo da Constituição que prevê a perda do mandato para parlamentares que não comparecem a um terço das sessões ordinárias. No entanto, a manobra foi realizada em segredo pelo deputado Hugo Motta, sem aviso prévio à imprensa ou aos líderes partidários.

A decisão foi publicada em uma edição extra do Diário da Câmara, tornando-se um fato consumado antes de ser divulgada. Com essa estratégia, Brazão evita a perda de direitos políticos por oito anos, podendo se candidatar novamente em 2026, caso não seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal. Essa solução também beneficiou a maioria dos deputados, que não precisaram julgar as graves acusações contra o colega.

Implicações da Cassação

Durante o período em que esteve preso, Chiquinho Brazão continuou recebendo salário, verba de gabinete e até gratificação natalina. O Conselho de Ética da Câmara já havia aprovado sua cassação em agosto de 2024, mas a Casa não havia marcado uma data para o julgamento em plenário até então. A situação revela o corporativismo presente na Câmara, onde acordos são feitos para proteger parlamentares acusados de crimes graves.

Hugo Motta, ao assumir a presidência da Câmara, prometeu trabalhar pela “pacificação nacional”, mas a recente manobra levanta questões sobre a real intenção por trás de suas promessas. A cassação de Brazão, considerada fútil por muitos, expõe a fragilidade do sistema legislativo diante de casos de corrupção e violência.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela