Política

Cyril Ramaphosa anuncia investigação sobre interferência política em crimes do apartheid

Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul, anunciou uma investigação judicial sobre alegações de interferência política em processos de crimes do apartheid. A medida surge após um grupo de 25 famílias e sobreviventes processar o governo, reivindicando R$ 9 milhões por falta de justiça. A Comissão de Verdade e Reconciliação (TRC), criada em 1996, revelou atrocidades da era do apartheid, mas poucos casos foram levados a julgamento. A nova investigação visa esclarecer alegações de influência indevida que atrasaram investigações anteriores. A liderança do Congresso Nacional Africano (ANC) é acusada de ter feito acordos secretos para evitar processos, o que a organização nega. A presidência reconheceu a persistência dessas alegações ao longo dos anos. O responsável pela investigação e o cronograma serão anunciados em breve.

Os supostos assassinos de Fort Calata (segundo da direita) e Matthew Goniwe (extrema direita) nunca foram processados. (Foto: Getty Images)

Os supostos assassinos de Fort Calata (segundo da direita) e Matthew Goniwe (extrema direita) nunca foram processados. (Foto: Getty Images)

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O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou uma investigação judicial sobre alegações de interferência política na acusação de crimes cometidos durante o apartheid. A decisão surge após um processo movido por 25 famílias de vítimas que buscam justiça por crimes não investigados adequadamente.

A Comissão de Verdade e Reconciliação (TRC), criada em mil novecentos e noventa e seis, revelou atrocidades da era do apartheid, como assassinatos e torturas, mas poucos casos resultaram em processos judiciais. A nova investigação é uma resposta a um processo que alega que o governo não fez o suficiente para investigar esses crimes.

Em um comunicado, Ramaphosa expressou sua determinação em que “os verdadeiros fatos sejam estabelecidos” e que a questão seja resolvida. As famílias que processam o governo pedem R$ 9 milhões em danos, afirmando que os crimes da era do apartheid nunca foram devidamente apurados pelas administrações que sucederam o regime racista.

Entre os demandantes está o filho de Fort Calata, um dos Cradock Four, ativistas anti-apartheid assassinados em mil novecentos e oitenta e cinco. Embora seis ex-policiais tenham confessado seu envolvimento, eles não foram levados a julgamento e já faleceram. Críticos acusam a liderança do Congresso Nacional Africano (ANC) de ter feito um acordo secreto com o governo anterior para evitar processos.

A presidência reconheceu que “alegações de influência imprópria” na investigação de crimes do apartheid persistem desde administrações anteriores. A liderança da investigação e seu cronograma serão anunciados em breve.

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