Política

Ex-diretor da Americanas aponta Beto Sicupira como ciente da fraude na empresa

Ex diretor da Americanas, Fabio Abrate, delata Beto Sicupira e Eduardo Saggioro em esquema de fraude que causou R$ 12 bilhões em prejuízo.

Loja da Americanas em Brasília (Foto: Adriano Machado - 27.jun.2024/Reuters)

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O ex-diretor financeiro da Americanas, Fabio Abrate, em delação ao Ministério Público Federal (MPF), implicou os bilionários Beto Sicupira e Eduardo Saggioro, afirmando que eles estavam cientes da fraude que causou um prejuízo de R$ 12 bilhões à empresa. Abrate, que prestou depoimento em novembro de 2024, destacou a comunicação constante entre Sicupira, o ex-CEO Miguel Gutierrez e a ex-executiva Anna Saicali.

Abrate descreveu a dinâmica de trabalho, afirmando que Gutierrez e Saicali eram interdependentes, e que a comunicação fluía entre todos os níveis da empresa. Ele afirmou que "tudo o cara de baixo comunica para o cara de cima", ressaltando que as decisões não eram tomadas de forma autônoma. A defesa de Sicupira e Saggioro negou as alegações, afirmando que a comunicação entre conselheiros e diretores é parte da boa governança.

Implicações da Delação

A delação de Abrate não alterou as conclusões do MPF na primeira denúncia, que resultou na acusação de treze ex-executivos da Americanas. O MPF alegou que o conselho de administração foi enganado e que os acionistas sofreram perdas significativas. Sicupira e outros conselheiros não foram denunciados.

O MPF ainda investiga o caso. Em trechos da delação, Abrate mencionou Sicupira em três ocasiões, destacando sua participação em reuniões sobre a situação da empresa. A defesa de Sicupira afirmou que as investigações anteriores não encontraram indícios de envolvimento dos conselheiros na fraude.

Reações e Desdobramentos

A assessoria de Sicupira e Saggioro classificou as alegações de Abrate como "ilação infundada", enfatizando que as investigações apontam a antiga diretoria como a responsável pela fraude. A nota também destacou que os ex-diretores foram os únicos beneficiados, vendendo ações enquanto a empresa enfrentava dificuldades financeiras.

O caso Americanas continua sob análise do MPF, que mantém a delação de Abrate em sigilo. A situação gera repercussões significativas no mercado e entre os acionistas da varejista, que busca se reerguer após a crise.

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