Juanita Goebertus em Santiago, Chile, no dia 13 de dezembro de 2024. (Foto: SOFIA YANJARI)

Juanita Goebertus em Santiago, Chile, no dia 13 de dezembro de 2024. (Foto: SOFIA YANJARI)

Ouvir a notícia

Governo de Bukele e Trump adotam medidas severas contra criminosos e imigrantes - Governo de Bukele e Trump adotam medidas severas contra criminosos e imigrantes

0:000:00

Nos últimos anos, El Salvador e Estados Unidos enfrentaram crises de criminalidade e imigração. O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, e o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, implementaram medidas severas contra gangues e imigrantes. Recentemente, a Human Rights Watch (HRW) denunciou a violação do devido processo nas deportações de venezuelanos para El Salvador, classificando-as como desaparecimentos forçados.

A HRW destacou que tanto Bukele quanto Trump recorreram a práticas como prisões sem mandados, quotas de detenção e uso de tatuagens como evidência de vínculos com organizações criminosas. Em El Salvador, mais de oitenta e cinco mil pessoas foram encarceradas, enquanto nos EUA, mais de sessenta e seis mil migrantes foram detidos e cerca de sessenta e cinco mil deportados.

Juanita Goebertus, diretora da divisão das Américas da HRW, afirmou que a diferença entre os dois países é a independência judicial. Ela observou que, apesar da coação em ambos os casos, o sistema judicial dos EUA ainda possui separação de poderes. Goebertus alertou, no entanto, sobre o risco de a administração Trump ignorar decisões judiciais, o que poderia enfraquecer a democracia.

A HRW também documentou condições precárias nas prisões de El Salvador, incluindo superlotação e falta de cuidados médicos. O Centro de Confinamento de Terrorismo (CECOT), inaugurado há dois anos, abriga até quarenta mil internos e é um destino possível para deportados dos EUA. A organização não teve acesso ao CECOT, que representa um símbolo de terror para muitos salvadores.

A HRW classificou as deportações de venezuelanos como desaparecimentos forçados, pois os deportados não têm comunicação com familiares ou advogados. Goebertus destacou que muitos deportados não têm registros criminais significativos, e a estigmatização associada a eles é preocupante. A HRW pede a revogação da Lei de Inimigos Estrangeiros de mil setecentos e noventa e oito, considerada anacrônica e inadequada para os tempos atuais.

A situação dos deportados e a falta de acesso à justiça são temas centrais nas denúncias da HRW. A organização continua a pressionar por ações judiciais que garantam os direitos dos deportados e a transparência nas deportações.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela