07 de mai 2025
Moraes defende recebimento de denúncia contra núcleo de desinformação do golpe
Ministro Alexandre de Moraes aceita denúncia da PGR contra grupo de desinformação ligado ao golpe, destacando atuação coordenada e estratégica.
Moraes é o relator das ações do plano de golpe. (Foto: Antonio Augusto/STF)
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta terça-feira, 6, a favor de aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra sete indivíduos do “núcleo de desinformação” relacionado a um suposto plano de golpe. Moraes destacou a importância desse grupo na disseminação de fake news e na promoção de dúvidas sobre a democracia e o sistema eleitoral.
O ministro, que atua como relator, argumentou que as ações do núcleo de desinformação foram coordenadas e estratégicas, alinhadas com declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Não se trata da acusação de que ‘ah, uma pessoa simplesmente repassou uma notícia para outra’”, afirmou Moraes, enfatizando que a denúncia revela uma atuação organizada.
Os sete denunciados são acusados de realizar “operações estratégicas de desinformação” e de atacar instituições e autoridades. As defesas tentaram desvincular os acusados das lideranças do plano de golpe, alegando que não tinham influência suficiente para contribuir para os eventos de 8 de janeiro. No entanto, Moraes argumentou que todos os envolvidos contribuíram, “em maior ou menor extensão”, para o plano golpista.
Atuação Orquestrada
O ministro também mencionou um relatório da Polícia Federal que aponta uma “atuação orquestrada” de bolsonaristas para disseminar desinformação e atacar o sistema eleitoral. Moraes afirmou que o grupo utilizou um “modus operandi” semelhante ao das milícias digitais, visando incitar a população contra o Judiciário e as instituições democráticas.
“Havia núcleo de produção, divulgação e financiamento de notícias fraudulentas e o núcleo político. Esses fatos são comprovados”, disse Moraes, ressaltando a gravidade das ações do núcleo de desinformação. O caso segue em análise no STF, com desdobramentos que podem impactar a cena política brasileira.
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